A polêmica em torno do Palmeiras em 2025 está agitando redes sociais e debates entre os torcedores. É alarmante xingar a equipe toda e afirmar que o clube não terá sucesso este ano, mas isso não significa que os dirigentes Leila Pereira e Anderson Barros possam se acomodar no conforto das suas cadeiras, especialmente quando se trata de fornecer as melhores condições para Abel Ferreira.

Após 20 dias de treinamento, o Palmeiras ainda não exibiu sua força máxima e já sofreu uma derrota na fase de grupos, a primeira desde 2021. Isso faz com que a expectativa em torno do clube aumente ainda mais. A pergunta que fica é: faz sentido exigir cabeças a rolar após uma derrota no início da temporada? Afinal, um time não pode simplesmente perder de vez em quando, certo?

Entretanto, é compreensível que a virada diante do Novorizontino tenha causado frustração, especialmente na Arena Barueri, que parece ser pouco acolhedora para os palmeirenses, apesar das tentativas da presidência de fazer com que isso funcione. Os torcedores têm todo o direito de expressar sua preocupação com o rendimento de Flaco Lópes, em meio à incerteza sobre a chegada de um centroavante. Além disso, com a saída iminente de Estevão no meio do ano, toda a configuração da equipe pode ser afetada em um momento crucial da temporada.

As perdas de jogadores como Dudu, Lázaro e Gabriel Menino se juntam ao desejo de negociar Zé Rafael e Rony. Até agora, a única boa nova é a chegada de Facundo Torres, enquanto Paulinho deve retornar apenas em abril. Emi Martínez, por sua vez, chega com a expectativa de suprir algumas das lacunas, mas muitos ainda acreditam que ele não é o nome que a torcida esperava. Claramente, o time necessita de reforços significativos para encarar seus desafios com competitividade.

Mas por que invadir as redes sociais para criticar um jogador que ainda nem foi apresentado? A era de vitórias conquistada pelo Palmeiras parece ter elevado as expectativas a um nível difícil de atender. É como se os torcedores tivessem perdido a noção do que realmente significa enfrentar a adversidade. Para exemplificar ainda mais essa realidade, basta observar o Corinthians.

Enquanto isso, o Corinthians lutou desesperadamente para não ser rebaixado no Campeonato Brasileiro de 2024. O clube passou por crise financeira e escândalos, e ainda assim, seus torcedores enchem o estádio com entusiasmo e esperança para 2025, como se apenas uma contratação pudesse resolver todos os problemas.

As comparações não param por aí. O Internacional enfrenta dificuldades financeiras após contratações inadequadas no ano passado, enquanto o Atlético-MG se viu forçado a vender Paulinho. O Cruzeiro discute as possibilidades de continuidade com seu treinador, e o Flamengo, após um início titubeante, não consegue atrair contratações significativas devido a um gasto excessivo em 2024.

Infelizmente, nada disso parece ser suficiente para acalmar a nação palmeirense. Parte do problema reside na forma como a diretoria se comunica. Leila Pereira frequentemente ignora as reclamações, punindo críticas e preferindo estar envolta em um ambiente onde apenas os favoráveis são ouvidos. Anderson Barros mantém um perfil discreto, enquanto Abel Ferreira deveria perceber que, apesar de sua posição histórica, críticas fazem parte do jogo e precisam ser consideradas.