Saúde

Organização Mundial da Saúde certifica Brasil como país livre da elefantíase

2024-11-11

Autor: Fernanda

O Brasil conquistou um marco histórico! A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) entregaram ao país o certificado de eliminação da filariose linfática, popularmente conhecida como elefantíase. Esta conquista reafirma que o Brasil não possui mais casos de transmissão da doença, sendo o último registrado em 2017.

Essa certificação torna o Brasil o 20º país a receber esse importante reconhecimento, validando a eliminação da elefantíase como um problema de saúde pública. Acompanhando de perto essa evolução, o Ministério da Saúde tem implementado políticas eficazes para impedir a transmissão por meio do monitoramento ativo e ações de controle de mosquitos.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a entrega formal do certificado foi uma comemoração não apenas para o governo, mas para todos que contribuíram para essa conquista ao longo das décadas. "Este é o resultado de um trabalho contínuo e comprometido, e um reconhecimento a todas as pessoas envolvidas", declarou.

A eliminação da elefantíase é um dos objetivos centrais do programa Brasil Saudável, que visa eliminar ou reduzir 14 doenças que afetam especialmente as populações em situação de vulnerabilidade social. Este programa, lançado pelo governo Lula, reforça o compromisso com a saúde pública e o bem-estar da população.

Para entender a importância desse certificado, é fundamental esclarecer que ele significa que, após intensas ações governamentais, um local não registra mais casos da doença, mas não exclui a possibilidade de reemergência da enfermidade, já que o agente causador, o verme Wuchereria bancrofti, ainda está presente na natureza.

A filariose, causada pela picada de mosquitos infectados, pode levar a complicações graves, como edemas e incapacidades motoras permanentes. Portanto, mesmo com a eliminação da transmissão, o Ministério da Saúde continuará a monitorar a situação rigorosamente.

A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, ressaltou que a certificação foi possível após um pedido formal em 2023, que apresentou um histórico completo das ações de combate à doença, que começou em 1997, incluindo campanhas de distribuição em massa de medicamentos e ações de controle de mosquitos.

Em seu discurso, a ministra Nísia Trindade também reconheceu que este feito é uma forma de saldar uma "dívida histórica" com as populações vulneráveis que foram afetadas por doenças negligenciadas. "Este é um momento de reflexão e compromisso em não permitir que as chamadas doenças da pobreza se perpetuem", afirmou, enfatizando que a saúde deve ser uma prioridade e um direito de todos.

Com essa certificação, o Brasil não apenas celebra uma vitória de saúde pública, mas também estabelece um compromisso renovado para continuar a luta contra doenças que afetam as comunidades mais vulneráveis. O futuro da saúde pública depende da vigilância contínua e da implementação de políticas eficazes para garantir que esses avanços sejam sustentados e que a equipe de saúde pública permaneça alerta para qualquer sinal de retorno da elefantíase.