
Oposição no Congresso ameaça transformar isenção do IR em "pauta bomba" para barrar taxação dos super-ricos
2025-08-25
Autor: Pedro
Isenção do Imposto de Renda em jogo
Um projeto de lei polêmico está avançando no Congresso: a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para brasileiros com rendimentos de até R$ 5 mil, além de reduzir parcialmente a alíquota para quem ganha até R$ 7,3 mil. Promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a proposta encontra respaldo político robusto, mas a oposição já se movimenta para combater medidas que contrabalançam essa isenção, o que pode levar a um rombo bilionário nos cofres públicos.
Desafios fiscais ameaçados pela oposição
Entre as medidas de compensação que correm risco estão a taxação progressiva de grandes fortunas, que pode chegar a 10% sobre rendimentos superiores a R$ 1,2 milhão por ano, e a cobrança de Imposto de Renda sobre lucros e dividendos acima de R$ 50 mil mensais. A oposição, liderada por figuras de destaque como Arthur Lira, não hesita em rejeitar aumentos de impostos que afetem os mais ricos, colocando a pressão sobre o governo e as contas públicas.
O impacto da reforma no cenário político
Estima-se que se o projeto for aprovado, cerca de 10 milhões de brasileiros ficariam isentos do IR, com outros 16 milhões se beneficiando de reduções. Contudo, sem as medidas de arrecadação, o impacto poderia ser devastador para programas essenciais do governo, abrindo espaço para novas tensões entre Executivo e Legislativo. O clima no Congresso esquentou ainda mais após a recente derrubada de um decreto que elevava o IOF, revertido por decisão do Supremo Tribunal Federal.
Reações e novas articulações no Congresso
Hugo Motta, presidente da Câmara, criticou as alegações de que o Legislativo favorece os ricos e defendeu a necessidade de diálogo para evitar uma polarização social. Em meio a esse embate, a situação política se complica com tentativas de partidos como o União Brasil e o PP de se desvincular da base governista, em busca de uma federação independente.
Repercussões externas e estratégia de apoio
Lula também precisa lidar com a repercussão internacional e com a fidelidade dos aliados, como o MDB. A recente decisão de Donald Trump de impor novas tarifas comerciais gerou um respiro temporário para a popularidade de Lula, mas o governo permanece em alerta — sem avanços nas negociações, o risco de novas crises legislativas é alto. O cenário está incerto, e os próximos passos na política fiscal podem moldar o futuro do país.