
Operação da Polícia Civil prende torcedores palmeirenses suspeitos de emboscada a cruzeirenses
2025-04-01
Autor: João
Na manhã desta terça-feira (1), a Polícia Civil, através do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), deu início a uma grande operação em São Paulo para prender dez torcedores do Palmeiras, membros da torcida organizada Mancha Alviverde. Eles são investigados por uma violenta emboscada contra torcedores do Cruzeiro, integrantes da Mágia Azul, que resultou na morte de um torcedor e deixou 15 feridos. O ataque ocorreu em 27 de outubro de 2024, na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Grande São Paulo.
A Justiça expediu 12 mandados de busca e apreensão para serem cumpridos nas residências dos suspeitos, mobilizando mais de 60 policiais e 20 viaturas na chamada “Operação Agguato 2”.
Os integrantes da Mancha Alviverde se tornaram réus em um processo que investiga a morte de José Victor Miranda, além das agressões aos torcedores cruzeirenses. Eles enfrentam acusações graves que incluem homicídio, 15 tentativas de homicídio e atos de vandalismo, como o incêndio e depredação de ônibus pertencentes aos torcedores do Cruzeiro.
A identificação dos palmeirenses foi feita a partir de imagens gravadas durante o ataque, que acabaram se espalhando pelas redes sociais. Os torcedores usaram paus, pedras, barras de ferro e rojões na agressão. Segundo as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, o ataque foi motivado por uma vingança contra os cruzeirenses, decorrente de uma briga ocorrida em 2022 em Minas Gerais, onde membros da Mancha Alviverde foram agredidos.
A Secretaria de Segurança Pública informou que mais detalhes sobre a operação e o resultado final das prisões serão divulgados após a conclusão das ações. A tensão entre torcidas, que se intensificou nos últimos anos, levanta preocupações não apenas sobre segurança nos estádios, mas também sobre a influência que esses grupos exercem em eventos esportivos e sociais no Brasil.