ONU: 134 guerras no mundo devem levar 305 milhões a buscar ajuda
2025-01-04
Autor: João
Um relatório alarmante do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) revela que entre 1 de julho de 2023 e 30 de junho de 2024, mais de 200 mil pessoas foram mortas em 134 guerras e conflitos armados, um aumento chocante de 37% em relação ao ano anterior. As perspectivas para os próximos anos se mostram sombrias, com especialistas alertando que as guerras civis em países periféricos podem se intensificar ainda mais em 2025.
Os horrores do Oriente Médio, especialmente na Faixa de Gaza, estão em evidência: mais de 45 mil vidas foram perdidas devido ao conflito, contribuindo para um aumento explosivo de 315% no número de mortes em comparação ao estudo de 2023. Essa catástrofe humanitária está gerando um ciclo de violência que parece sem fim.
A ONU prevê que, em 2025, a notável cifra de 305 milhões de pessoas precisará de ajuda humanitária para sobreviver, um índice que nos obriga a refletir sobre a crise que se desenrola. Frederico Seixas Dias, doutor em relações internacionais, alerta que a incerteza em torno da administração de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, poderá agravar ainda mais essa situação. Segundo Dias, a intenção de Trump de se distanciar do papel de 'polícia global' poderá resultar em uma intervenção americana menos significativa em questões multilaterais.
O especialista também menciona a postura agressiva de Trump em relação a Israel e sua relação com o Hamas, sugerindo que a violência contra os palestinos continuará a crescer sem um final à vista. O dilema geopolítico não se limita a essa região conturbada; a crescente rivalidade entre os Estados Unidos e a China está alinhando conflitos internacionais de uma maneira que pode intensificar ainda mais a violência.
Com a falta de intervenções significativas por parte das potências globais, a competição crescente entre EUA e China gera um vácuo de poder, alimentando tensões e conflitos em áreas já vulneráveis da economia global. Historicamente, essas dinâmicas têm mostrado que, quando as grandes potências se concentram em suas rivalidades, as regiões periféricas tornam-se os campos de batalha onde civis inocentes pagam o preço mais alto. A pergunta que fica é: até onde essa dinâmica irá nos levar? A comunidade internacional deverá agir rapidamente para evitar que esse ciclo de violência se perpetue ainda mais.