O iate Koru, de Jeff Bezos, está ancorado nas águas cristalinas do Mar do Caribe, de acordo com o rastreador de navios Marine Traffic. O Whisper, de Eric Schmidt, segue em direção a Barbados, enquanto o Odessa II, de Len Blavatnik, foi visto recentemente em Antígua. Assim que seus ilustres proprietários chegarem a bordo, muitos desses luxuosos iates provavelmente se dirigirãopara a famosa ilha de St. Barth.

"Se você quer estar com os pés na areia e saborear um croissant como se estivesse em Paris, St. Barth é o lugar ideal", comentou Elisabeth Brown, diretora da prestigiada associação de concierge de luxo, Knightsbridge Circle, em entrevista ao Insider. A ilha, que é um verdadeiro paraíso de exclusividade, é famosa por seus esplêndidos hotéis, restaurantes renomados e beleza deslumbrante, sendo o destino preferido dos super-ricos por décadas. Os Rockefeller e Rothschilds já investiram em propriedades na região desde os anos 1900.

No ano passado, Bezos, sua noiva Lauren Sánchez, e a lenda do basquete Michael Jordan foram flagrados desfrutando de St. Barth, e o superiate de David Geffen, o Rising Sun, foi visto navegando nas proximidades.

Para aqueles que não optam por hospedagem em iates, os hotéis de luxo, como Eden Rock e Cheval Blanc, que pertence ao bilionário Bernard Arnault, da LVMH, cobram mais de US$ 5.000 (R$ 30.000) por noite por um quarto nesta época do ano. Até mesmo os hotéis mais baratos na região não são exatamente acessíveis — devido ao seu apelo exclusivo. Um quarto no hotel mais em conta disponível entre o Natal e o Ano Novo tem tarifas superiores a US$ 3.000 (R$ 18.000) por noite. "É praticamente impossível se hospedar lá a menos que você realmente seja muito rico", destacou Chesterfield.

Outros viajantes abastados preferem destinos mais gelados, decidindo aproveitar o clima de inverno. "Férias em montanhas são mais privativas do que qualquer outro tipo de férias, até mais que ilhas privadas", afirmou Chesterfield. Nos Alpes europeus, destinos como Gstaad, St. Moritz, Courchevel — que era o refúgio predileto dos oligarcas russos — e Val-d'Isère são escolhas clássicas para o público bilionário, disseram Chesterfield e Brown.

Recentemente, muitos preferiram opções menos movimentadas, como Crans-Montana, na Suíça, onde a bilionária Vicky Safra possui uma residência, ou Kitzbühel, na Áustria. "É menos provável que você encontre conhecidos lá", acrescentou.

Alguns dos mais afortunados têm chalés avaliados em até 40 milhões de dólares que são alugados por cerca de US$ 40.000 (R$ 243.000) por semana durante a alta temporada. Os preços dos imóveis nesses destinos continuam a disparar, com residências em Gstaad custando cerca de 41.500 euros por metro quadrado (aproximadamente R$ 263.000), de acordo com o Alpine Index 2024 da consultoria imobiliária Knight Frank.

A compra de condomínios de luxo dentro de resorts, como o Six Senses em Courchevel, também está se tornando comum, principalmente por conta das inúmeras comodidades, que incluem spas, saunas e serviços de concierge.

Nos Estados Unidos, Aspen continua sendo a meca para os amantes do esqui. A cidade possui a maior concentração de moradores com fortunas superiores a US$ 30 milhões (R$ 182 milhões) no país, de acordo com um estudo de 2023 da empresa de dados Altrata. Bilionários como Steve Wynn, Daniel Och e Terry Taylor têm lares na região, e celebridades como Rihanna e Kylie Jenner têm sido flagradas nas ruas da cidade durante as festas de fim de ano.

"Aspen oferece um cenário quase europeu", disse Brown. "Grandes montanhas, esqui de primeira qualidade, hotéis excepcionais e restaurantes incríveis."

Na cidade, é possível encontrar um restaurante do renomado chef Nobu Matsuhisa, boutiques luxuosas como Prada e Gucci, e clubes privados que fazem os ultra-ricos se sentirem em casa. Além disso, existem vários resorts de luxo, como o St. Regis e o Little Nell, onde os preços dos quartos variam para quatro dígitos por noite.

Entretanto, às vezes os bilionários também se mostram semelhantes a nós, pelo menos em alguns aspectos. Um dos clientes de Brown planeja presentear sua família com uma viagem ao Disney World, que, embora custe mais do que as típicas férias americanas no Castelo da Cinderela, promete ser uma experiência inesquecível. "São alguns dias, para cerca de sete ou oito pessoas. Pode acabar custando cerca de US$ 75.000 (R$ 456.000)", revelou Brown.