Marcelo Henrique Freitas Fonseca, conhecido como o 'Novinho do Tinder', é acusado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) de ser um dos maiores estelionatários amorosos da região, com 37 mulheres registrando queixas contra ele. Acredita-se que esse número possa ser ainda maior, com investigações em andamento para descobrir outras possíveis vítimas.

Desde os 20 anos, Marcelo utilizava aplicativos de namoro como seu palco de sedução. Os golpes começaram em 2017 e se intensificaram ao longo dos anos. Ele atraía suas vítimas com promessas de amor verdadeiro e assessoria financeira, levando-as a fazer transferências via Pix, convencidas de que estavam investindo em um futuro ao lado dele.

Com um charme irresistível e um perfil enganador, o Novinho do Tinder enganava mulheres emocionalmente vulneráveis, criando uma rede complexa de mentiras. Ele alegava ser um advogado bem-sucedido e um investidor de grande renome, levando suas vítimas a crer que estavam ao lado de um homem de sucesso.

Operações recentes da polícia, como a Operação Dolus, revelaram que, após breves relacionamentos, ele persuadia suas vítimas a investir em esquemas financeiros fraudulentos, prometendo retornos exorbitantes em pouquíssimo tempo. Entretanto, ao invés de lucros, suas vítimas viam seu dinheiro desaparecer sem deixar rastros.

Marcelo utilizava contas bancárias de outras vítimas para movimentar os valores, alegando que seu próprio banco estava com problemas. Ele ainda fazia uso da manipulação emocional, ameaçando terminar o relacionamento caso as vítimas não realizassem novas transferências.

Além dos crimes de estelionato sentimental, Marcelo enfrenta também acusações de furtos, agressões físicas e estupro de vulnerável, conforme as diretrizes da Lei Maria da Penha. Seu modus operandi o levou a causar danos a mulheres de diversas localidades do Distrito Federal, incluindo Brazlândia, Asa Sul e Taguatinga, entre outras. Em Brazlândia, cinco mulheres foram identificadas como vítimas.

Neste contexto, as investigações revelaram que durante suas fraudes, Marcelo criou 122 chaves Pix, que usou para enganar suas vítimas. As trocas frequentes de números de telefone, com DDDs de diferentes estados, também eram uma tática que o golpista empregava. Até agora, o total de prejuízos estimados às vítimas do Distrito Federal gira em torno de R$ 50 mil.

Rumores indicam que ele teria aplicado um golpe de até R$ 80 mil em uma médica de São Paulo, mas a polícia não conseguiu localizar essa vítima. A Justiça já havia condenado Marcelo por estelionato sentimental em 2023, resultando em uma pena de um ano e nove meses em regime aberto, além da obrigação de reparar os danos à vítima em R$ 1,4 mil.

Essa história de romance cheio de manipulação e desespero levanta questionamentos sobre a segurança nas plataformas de namoro e a necessidade de maior conscientização sobre possíveis fraudes nessa área. As vítimas desse golpe não são apenas números; cada uma delas carrega uma história de perda e desilusão que precisa ser ouvida. Se você ou alguém que conhece já passou por uma situação semelhante, é fundamental denunciar e buscar apoio!