
O Dólar em Queda: A Volatilidade do Mercado Após Retaliações da China e a Alta da Bolsa
2025-04-11
Autor: Carolina
Uma Montanha-Russa Financeira
O dólar enfrenta uma ligeira queda nesta sexta-feira (11), em meio a uma sessão volátil impulsionada pelas novas retaliações da China contra os Estados Unidos na guerra comercial. A nação asiática anunciou um aumento nas tarifas sobre produtos norte-americanos, que agora chegam a 125%, como resposta às taxas impostas pelo presidente Donald Trump.
Retaliação Chinesa sem Precedentes
Às 12h49, o dólar apresentava uma desvalorização de 0,23%, cotado a R$ 5,884. Paralelamente, a Bolsa de Valores subia 0,33%, alcançando 126.777 pontos. O Ministério das Finanças da China confirmou que, a partir de sábado, aumentará as tarifas sobre produtos dos EUA de 84% para 125%, intensificando ainda mais a disputa comercial entre os dois países.
Xi Jinping Envios um Aviso
Em uma declaração oficial, o porta-voz do ministério chinês mencionou que, devido ao atual nível das tarifas, não há espaço para aceitação de produtos dos EUA por parte do mercado chinês. O líder Xi Jinping destacou, em um encontro na Casa de Hóspedes Diaoyutai, que "não há vencedores em uma guerra de tarifas", alertando que essa postura pode levar ao isolamento mundial.
Os Efeitos da Guerra Comercial sobre o Mercado
As tarifas impostas pelos EUA, que chegaram a 145%, foram o estopim para a nova escalada. A partir da última quarta-feira, 2 de abril, a tensão aumentou, com Trump anunciando novas taxas em reação à firmeza da China. Nesse cenário, o dólar recua e investidores mostram apetite por ativos mais arriscados, impulsionando as bolsas, especialmente na Ásia e em Wall Street.
Preocupações Globais e Impactos no Brasil
A crescente tensão tarifária suscita preocupação nas negociações globais. Contudo, a percepção de que os EUA possam sair prejudicados da disputa tem levado investidores a se desfazerem de ativos americanos, embora a escalada tenha gerado um ambiente de cautela.
De acordo com o banco JPMorgan, a probabilidade de uma recessão nos EUA saltou de 40% para 60% em apenas uma semana, um sinal de alerta para os economistas que temem uma desaceleração global.
O Mercado Brasileiro em Alerta
O Brasil, altamente exposto a commodities, observa com apreensão a nova realidade do comércio com a China, seu maior comprador de matérias-primas. A expectativa é de que a retração econômica na China signifique uma redução na demanda por produtos brasileiros como petróleo e minério de ferro.
Dados Macroeconômicos e as Expectativas Futuras
A divulgação de dados macroeconômicos no Brasil também influencia as negociações. O IBC-Br mostrou crescimento acima do esperado, impulsionado pelo setor agropecuário, mesmo no contexto de juros em alta e expectativa de desaceleração.
Com a inflação desacelerando em março, os mercados se mantêm em alerta, prontos para reagir a qualquer nova movimentação nessa guerra tarifária que promete ainda muitos capítulos.