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O desdém secreto dos EUA: Revelações bombásticas sobre a visão do governo Trump em relação à Europa

2025-03-30

Autor: João

Funcionários do governo Trump sempre demonstraram um certo desprezo pela Europa, mas o que veio à tona recentemente revela que esse sentimento é ainda mais profundo e preocupante.

Após a publicação de trechos de uma conversa entre altos funcionários do governo, realizada no aplicativo de mensagens Signal, a Europa reagiu com indignação. Essa discussão abordava um ataque planejado ao Iémen e estava repleta de comentários depreciativos sobre os europeus, que foram apresentados como meros "parasitas geopolíticos". A revelação foi feita pela revista The Atlantic, cuja editora estava presente na conversa, tornando o caso ainda mais alarmante.

O vice-presidente J. D. Vance expressou sua aversão ao apoiar a Europa, argumentando que qualquer ação militar dos EUA beneficiaria muito mais os europeus do que os próprios americanos. "Eu simplesmente odeio socorrer os europeus novamente", desabafou Vance. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, não poupou críticas e respondeu concordando com Vance: "É patético".

Essas trocas de mensagens expuseram uma percepção real de que os europeus estão se aproveitando das ações americanas, gerando preocupações de que, em futuras operações, a compensação econômica deve ser exigida. Stephen Miller, um dos principais assessores de Trump, mencionou que tanto a Europa quanto o Egito deveriam ventilar suas atuações ao governo dos EUA.

As notificações de ataques aos europeus foram enviadas sem uma solicitação oficial, indicando uma grave falta de consideração nas relações transatlânticas. As autoridades europeias expressaram seu desconforto com a forma como as discussões sobre operações sensíveis foram levadas a cabo em um aplicativo de mensagens criptografado, levantando receios sobre possíveis espionagens por parte de países como Rússia e China.

A eurodeputada Nathalie Loiseau questionou: "Putin agora está desempregado, não adianta mais espionar", sugerindo que agora, as informações estão vazando dos próprios americanos.

A aliança EUA-Europa, que levou décadas para ser solidificada, enfrenta uma crise iminente. "O relacionamento transatlântico como o conhecíamos, acabou", disse Nathalie Tocci, diretora do Instituto de Assuntos Internacionais da Itália. "Existe uma tentativa ativa de minar a Europa", complementou.

O bloco europeu, que defende um comércio internacional baseado em regras e é pioneiro em regulamentações climáticas e proteções nas redes sociais, encontra-se cada vez mais em desacordo com as políticas e ideais promovidos pelo governo Trump. Em uma conferência de segurança em Munique, Vance questionou os valores e a democracia europeia, alarmando líderes da região ao avisar sobre o "suicídio civilizacional".

O aumento da rivalidade entre as nações trouxe à tona a urgência de um fortalecimento das forças armadas na Europa, que se veem em uma posição vulnerável sem a proteção dos EUA. As recentes reivindicações de Trump, exigindo que a Europa pague mais pela própria defesa e sua visão agressiva em relação à Groenlândia, estão sobrecarregando ainda mais esse relacionamento já tenso.

Enquanto líderes europeus tentam manter um diálogo amistoso, eles estão se mobilizando rapidamente para melhorar suas capacidades militares, cientes de que a colaboração histórica com os EUA pode estar prestes a se desfazer. Na última quinta-feira (27), representantes de diversas nações se reuniram em Paris para discutir a situação na Ucrânia, um indicativo do contexto de insegurança atual.

No entanto, a crescente hostilidade dos EUA em relação à Europa deixa um futuro incerto, levando autoridades a contemplarem que a relação valiosa que une os dois lados do Atlântico pode nunca mais ser a mesma. O vazamento da conversa expondo as discussões internas do governo americano acentua ainda mais a necessidade de uma reavaliação das alianças. O fato de que os planos militares secretos foram discutidos em um aplicativo de mensagens, em vez de em canais mais seguros, não só infringe normas, mas pode prejudicar a confiança nas relações entre aliados.

O ex-comandante das forças dos EUA na Europa, Ben Hodges, advertiu que essa falta de respeito às práticas de segurança poderá dificultar o compartilhamento de informações e inteligência, levando nações a presumirem que não podem mais confiar nos Estados Unidos. O que está claro é que a amizade transatlântica está sob grave ameaça e transformações genuínas são necessárias para evitar um divórcio diplomático.