Ciência

Novo telescópio infravermelho da NASA "abre os olhos" para o cosmos!

2025-04-02

Autor: João

Na última terça-feira (1º), a NASA fez uma importante revelação ao mundo: seu novo telescópio espacial infravermelho, o SPHEREx, capturou as suas primeiras imagens do Universo. Este evento, conhecido como “primeira luz”, marca um momento crucial, indicando que todos os sistemas a bordo da espaçonave estão funcionando perfeitamente.

Jamie Bock, cientista líder da missão no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, afirmou: “Com base nas imagens que estamos vendo, podemos dizer que a equipe acertou em cheio.”

Lançado em 12 de março, com um custo superior a US$ 488 milhões, o SPHEREx (Espectrofotômetro para a História do Universo, Época da Reionização e Explorador de Gelos) opera de maneira similar ao renomado Telescópio Espacial James Webb (JWST). Ambos os telescópios têm a capacidade de captar luz infravermelha, permitindo que observem através da poeira cósmica e detectem regiões distantes do Universo que telescópios comuns não conseguem enxergar.

Entretanto, enquanto o Webb se concentra em detalhes específicos de estrelas e galáxias, a missão do SPHEREx é criar um extenso mapa do Universo, coletando dados de uma variedade impressionante de objetos cósmicos simultaneamente. Um feito que promete revolucionar nossa compreensão do cosmos!

100 mil fontes de luz detectadas na primeira observação do SPHEREx

As imagens recentemente divulgadas ainda não refletem a qualidade máxima que o telescópio poderá alcançar, porém representam um passo essencial nessa jornada cósmica. Cada uma das imagens foi capturada por um dos seis detectores do SPHEREx, que são projetados para registrar informações em 17 diferentes faixas de luz infravermelha. O telescópio possui a habilidade de observar o Universo em 102 bandas de comprimento de onda.

Nessas primeiras imagens de teste, foram registradas cerca de 100 mil fontes astronômicas. Para facilitar a visualização, já que o olho humano não consegue perceber a luz infravermelha, foram aplicados tons de cores nas imagens: áreas avermelhadas indicam comprimentos de onda mais longos, enquanto tons arroxeados representam ondas mais curtas. Essa técnica promete revelar detalhes que podem mudar o entendimento da evolução do Universo.

A astronomia infravermelha é fundamental para observar objetos muito distantes. À medida que o Universo se expande, a luz dos corpos celestes se alonga, mudando de azul para vermelho e, eventualmente, para o espectro infravermelho. Sem essa tecnologia, não seria possível visualizar galáxias e estrelas que surgiram logo após o Big Bang, há aproximadamente 13,7 bilhões de anos.

Foco perfeito para captação precisa

As imagens iniciais também demonstram que os detectores do SPHEREx estão operando de maneira correta e são capazes de focalizar com precisão, uma tarefa que foi realizada na Terra, pois não há como realizar ajustes no espaço. Atualmente, os detectores passam por um processo de resfriamento necessário para evitar interferências nas medições infravermelhas. Essa tecnologia é similar à utilizada por bombeiros para localizar focos de incêndio em edifícios — se os sensores do SPHEREx superaquecerem, a qualidade dos dados coletados poderá ser comprometida.

Segundo a NASA, o telescópio possui um campo de visão 20 vezes maior que o da Lua cheia. Quando entrar em operação plena no final deste mês, o SPHEREx deve realizar cerca de 600 observações diárias do céu, com o objetivo de criar um mapa detalhado do Universo. Prepare-se para uma nova era na exploração astronômica! O que mais você poderá descobrir com esses dados?