Ciência

Novo 'monstro cósmico' desafia tudo o que sabemos sobre rajadas rápidas de rádio

2025-01-28

Autor: Julia

As rajadas rápidas de rádio, conhecidas como FRBs (do inglês Fast Radio Bursts), são fenômenos enigmáticos do cosmos que intrigam os cientistas. Essas emissões de ondas de rádio são tão rápidas que ocorrem em frações de segundo, e a energia que liberam é equivalente à energia que o Sol emite em um dia. Recentemente, uma nova FRB está desafiando o conhecimento existente dos astrônomos sobre essa classe de fenômenos cósmicos.

Descoberta em 2024, a FRB 20240209A veio de uma galáxia massiva e antiga, a cerca de 2 bilhões de anos-luz da Terra, e já está entre as mais massivas que foram detectadas até agora. O evento intrigante gerou tanto interesse que a equipe de pesquisadores solicitou ao Telescópio Espacial James Webb para investigar mais sobre essa emissão.

O que são rajadas rápidas de rádio?

As FRBs são flashes de rádio que possuem uma duração extremamente curta e uma potência avassaladora. Anteriormente, a maioria delas foi associada a magnetares, um tipo de estrela de nêutrons com campos magnéticos muito fortes. No entanto, a FRB 20240209A se destaca, pois foi observada por uma equipe das universidades Northwestern e McGill usando um radiotelescópio inovador. Após uma primeira observação em fevereiro de 2024, a FRB foi detectada novamente em julho, quando 21 novos pulsos foram identificados.

A peculiaridade dessa FRB reside em sua origem. Essa rajada foi a primeira a ser descoberta em uma galáxia elíptica massiva e está localizada a uma incrível distância de 130 mil anos-luz do centro galáctico, o que é muito incomum. Segundo os astrônomos, a teoria predominante é que as FRBs provêm de magnetares resultantes de supernovas de estrelas jovens. Porém, foi encontrado pouco ou nenhum indício da presença de estrelas jovens nessa galáxia.

Uma nova perspectiva sobre as FRBs

A descoberta da FRB 20240209A levanta novas questões sobre a diversidade de origens das rajadas rápidas de rádio. A líder do estudo, Tarraneh Eftekhari, sugere que pode haver uma população de FRBs que se origina de sistemas muito mais antigos do que se supunha até agora.

Essa nova abordagem pode abrir um caminho para a compreensão de outros fenômenos cósmicos ainda não catalogados. A equipe propõe que o Telescópio James Webb investigue a região onde a FRB foi descoberta. Eles esperam encontrar um aglomerado globular que possa explicar essas contradições. Se isso não for encontrado, poderia ser um encontro raro, um evento que exigirá ainda mais estudos para entender a verdadeira natureza dessas emissões.

Além disso, essa descoberta pode implicar que nosso entendimento sobre a formação e evolução das galáxias também precise ser revisado. Neste contexto, a ciência avança, desafiando as noções estabelecidas e revelando os mistérios do cosmos que continuam a nos surpreender.

Fique atento! Novas descobertas sobre o universo podem surgir a qualquer momento, trazendo respostas para perguntas que ainda nos deixam intrigados.