Tecnologia

Nova tecnologia antifraude em combustíveis será obrigatória até 2029

2025-09-04

Autor: Julia

Fraudes em gasolina: um problema crescente

A desconfiança entre motoristas em postos de combustíveis nunca foi tão alta! Uma recente operação chamada Carbono Oculto, que contou com a participação de 1.400 agentes, revelou a alarmante dimensão das fraudes nesse setor. Espalhados por oito estados, os investigadores desmantelaram esquemas de milionários de sonegação, lavagem de dinheiro e adulteração de bombas.

O 'golpe da bomba baixa' e como combater

Entre as fraudes descobertas, o famoso "golpe da bomba baixa" se destacou. Nesse esquema, as bombas eram manipuladas para fornecer menos combustível do que o registrado. Para coibir essa prática, uma tecnologia inovadora já começou a ser implantada: as bombas medidoras criptografadas, que serão obrigatórias em todos os postos do Brasil até 2029.

Como funcionam as novas bombas?

As fraudes mais comuns no abastecimento incluem adulteração do combustível e manipulação na medição. A bomba baixa é a mais difícil de identificar, pois modifica eletronicamente os pulsos entre o medidor e o visor. Agora, com as novas bombas criptografadas, cada abastecimento vai receber um 'carimbo' eletrônico de validação. Em caso de tentativa de adulteração, o sistema trava!

Onde já são usadas?

Em São Paulo, 171 postos já contam com essa tecnologia, e a campanha Bomba Segura facilita a identificação dos locais onde essas bombas estão instaladas. O superintendente Marcos Heleno Guerson de Oliveira Junior destacou que essa iniciativa garante mais transparência, permitindo que o consumidor escolha com segurança onde abastecer.

Qual é o custo dessa inovação?

Implementar as novas tecnologias não é barato! Uma bomba criptografada pode custar de 20% a 30% a mais do que uma convencional. O setor está buscando alternativas de financiamento, como linhas do BNDES, para facilitar essa transição.

Dicas para evitar fraudes até 2029

Até que as novas bombas se tornem padrão, existem algumas medidas simples que você pode adotar para se proteger de fraudes. Desconfie de preços muito abaixo da média, evite promoções suspeitas que aceitem apenas dinheiro e sempre peça nota fiscal. Confira também se há o selo do Inmetro ou do Ipem na bomba.

Uma mudança necessária

Embora a bomba criptografada não garanta a qualidade do combustível — responsabilidade da ANP —, ela representa um grande avanço no combate às fraudes. Para Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal, essa tecnologia é um sinal de confiança: "Quando um posto investe nessa bomba, ele está dizendo ao consumidor: aqui, você recebe o que pagou!"

Com essa tecnologia se espalhando, cada vez mais postos deverão investir na segurança, reduzindo significativamente a exploração de motoristas e trazendo mais confiança para um setor que há anos necessita de transformações.