Recentemente, durante uma coletiva de imprensa, o secretário de saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, anunciou uma iniciativa promissora: a distribuição de Ozempic genérico em postos de saúde da cidade para o tratamento de diabetes e obesidade. Essa novidade é viável devido à quebra de patente com a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, que perderá a exclusividade sobre a produção do medicamento em 2026, com base nas leis brasileiras.

O Ozempic, cuja substância ativa é a semaglutida, tem ganhado notoriedade por sua eficácia na perda de peso. Apesar de ser aprovado apenas para o tratamento do diabetes tipo 2, muitos o têm utilizado para emagrecimento. A semaglutida age como uma versão sintética do hormônio GLP-1, que regula a saciedade. Contudo, é importante alertar que o uso inadequado do fármaco pode provocar efeitos colaterais significativos, como náuseas, vômitos, constipação, diarreia e fraqueza.

Atualmente, os preços do Ozempic variam entre R$700,00 e R$1000,00, o que torna sua acessibilidade um desafio para muitos pacientes. A Novo Nordisk, por sua vez, está tentando renovar sua patente no Brasil, mas isso exigirá mudanças na legislação, um processo que pode demorar.

A partir de 2026, com a entrada de laboratórios brasileiros no mercado de produção do Ozempic genérico, estima-se que a oferta do medicamento aumente significativamente. O secretário Soranz mencionou que a projeção inicial é distribuir cerca de 3.000 doses por mês, dando suporte a 3.000 pacientes, podendo esse número ser ampliado conforme a evolução do programa.

Além do Ozempic, a saúde pública no Brasil enfrenta o desafio crescente da obesidade e diabetes, sendo estes problemas que afetam uma parte significativa da população. Especialistas ressaltam a importância de um tratamento abrangente que inclua acompanhamento psicológico e nutricional. O que se espera agora é que essa mudança na política de distribuição possa ajudar muitos a recuperar a qualidade de vida e a saúde de forma mais acessível e efetiva.