A montadora japonesa Nissan anunciou uma reestruturação drástica nesta quinta-feira (7), informando que encerrará 9 mil postos de trabalho globalmente e reduzirá sua capacidade de produção em 20%. Essa decisão é resultado da significativa queda nas vendas, principalmente no mercado americano, considerado crucial para a marca.

Além disso, a empresa revisou suas previsões financeiras para o ano fiscal de 2024, reduzindo drasticamente as expectativas de receitas e lucros operacionais. A receita líquida estimada agora é de 12,7 trilhões de ienes (aproximadamente US$ 80 bilhões), uma redução em relação à projeção anterior de 14 trilhões de ienes.

O CEO da Nissan, Makoto Uchida, revelou que a empresa enfrenta uma forte concorrência, especialmente das montadoras chinesas, que estão se expandindo rapidamente com o apoio do governo em relação aos veículos elétricos. As fracas vendas nos Estados Unidos contribuíram para uma queda alarmante de 93% no lucro do primeiro semestre, o que deixou a montadora em uma situação crítica.

Para demonstrar seu comprometimento com a recuperação, Uchida anunciou que diminuirá voluntariamente sua remuneração mensal em 50% a partir de novembro de 2024, e os demais membros do comitê executivo também estarão sujeitos a cortes salariais voluntários.

No semestre de abril a setembro, o lucro líquido da Nissan foi de apenas 19,2 bilhões de ienes, o que levanta preocupações sobre a viabilidade da empresa a longo prazo. A montadora não divulgou uma nova previsão de lucro, após já ter revisado as expectativas em julho para 300 bilhões de ienes.

Enquanto isso, o mercado de veículos elétricos continua a crescer globalmente, e a Nissan precisará agir rapidamente para permanecer competitiva. Especialistas sugerem que a empresa deve acelerar sua transição para veículos elétricos e adotar novas tecnologias para garantir sua sobrevivência.

Fique ligado, pois essa reestruturação pode ser apenas o começo de mudanças drásticas no setor automotivo!