O Al-Hilal está em uma encruzilhada quando se trata da permanência do atacante brasileiro Neymar, conforme noticiado pelo canal ‘Action Ma3 Waleed’, que possui os direitos de transmissão da liga profissional da Arábia Saudita. O jornal Mundo Deportivo trouxe à tona os desafios que podem manter o craque no time saudita por mais tempo.

Para se livrar de Neymar, o Al-Hilal precisará arcar com uma multa rescisória significativa, recompensando-o pelos meses restantes de contrato. Segundo o Regulamento da FIFA sobre o Estatuto de Transferência de Jogadores, essa rescisão custaria aproximadamente 80 milhões de euros, ou cerca de R$ 490 milhões.

Adicionalmente, o Mundo Deportivo aponta a existência de um “período protegido”, que significa que um jogador está resguardado durante os primeiros três anos do contrato. No caso de jogadores com mais de 28 anos – como é o caso de Neymar – esse prazo pode ser reduzido para dois anos.

Se o Al-Hilal decidir rescindir o contrato de forma antecipada com Neymar, o clube ficará impedido de realizar novas contratações nas duas janelas seguintes, conforme as regras da FIFA.

O Al-Hilal já manifesta intenção de negociar a saída de Neymar em janeiro, e fontes confidenciais indicam que Cristiano Ronaldo, atualmente no Al Nassr, poderia ser uma opção à altura para sua substituição. Outros nomes estão sendo considerados, mas por enquanto permanecem em sigilo.

A preocupação com Neymar cresce a cada dia, especialmente devido às suas constantes lesões. Desde sua chegada ao Al-Hilal em agosto de 2023, onde foi contratado por cerca de 90 milhões de euros (R$ 500 milhões), o jogador teve um desempenho aquém do esperado, com apenas sete jogos e um gol marcado em pouco mais de um ano.

O contrato assinado por Neymar com o Al-Hilal é de dois anos, válido até agosto de 2025, e, caso cumpra o restante, o brasileiro poderia acumular R$ 1,7 bilhão durante esse período.

Infelizmente, Neymar enfrentou mais um desafio nesta segunda-feira (4/11), ao se lesionar novamente, apenas duas semanas após seu retorno aos gramados, após uma séria lesão no joelho. O técnico Jorge Jesus anunciou que Neymar deve ficar afastado por “pelo menos duas semanas” devido a uma lesão muscular que o impedirá de treinar.

A situação do jogador é crítica. Ele fez seu retorno no dia 21 de outubro, jogando o segundo tempo da vitória por 5 a 4 contra o Al-Ain, do Catar, após mais de um ano de recuperação de uma lesão grave no ligamento cruzado e menisco do joelho esquerdo, sucedida em uma partida da Seleção Brasileira contra o Uruguai nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.

Neymar entrou em campo aos 58 minutos, quando a equipe já vencia por 2 a 0, mas teve que se retirar da partida 27 minutos depois, sentindo dores na coxa direita. Históricos de lesões complicam não apenas sua carreira, mas também os planos do Al-Hilal, que agora deve decidir se vale a pena manter o atacante sob essas circunstâncias.