O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deu um passo ousado nesta quarta-feira (2), embarcando em uma controversa visita de quatro dias à Hungria, apesar de um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). O TPI havia emitido mandados contra Netanyahu e outras altas figuras israelenses devido a alegações de crimes de guerra na Gaza.

A visita ocorre em meio a uma intensa crise política em Israel, onde Netanyahu está enfrentando investigações sobre possíveis vínculos entre o Catar e três de seus assessores. Ele se reunirá com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, na quinta-feira (3), antes de uma coletiva de imprensa prevista para as 7h, no horário de Brasília.

A tensão é palpável, com manifestantes se aglomerando no Aeroporto Internacional Ben Gurion antes da partida de Netanyahu, exibindo cartazes e gritando slogans de protesto, em um claro sinal de descontentamento popular.

Este é o segundo deslocamento internacional de Netanyahu desde que o TPI anunciou os mandados de prisão em novembro de 2024. Apesar da natureza delicada da situação, os detalhes da agenda de Netanyahu foram amplamente limitados, com uma visita a um memorial do Holocausto sendo um dos poucos compromissos confirmados.

A Hungria, como membro fundador do TPI, deveria teoricamente cumprir os mandados de prisão. Contudo, Orbán enfatizou claramente, ao fazer o convite a Netanyahu, que o país não seguiria a decisão do tribunal, gerando um clima de recepção controverso. Essa atitude levanta questões sobre o compromisso da Hungria com os direitos humanos e as obrigações internacionais.

Analistas políticos observam que a viagem de Netanyahu à Hungria não só simboliza um desafio direto aos processos internacionais, mas também destaca as relações controversas entre Israel e países que podem ser vistos como aliados no contexto de suas políticas externas. Como essa visita impactará a dinâmica política de Israel e suas relações internacionais? Fique atento para mais atualizações!