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Natal Sombrio: O Futuro do Cristianismo no Oriente Médio em Perigo!

2024-12-25

Autor: João

Nos lugares sagrados onde Jesus andou, como Jerusalém, e onde importantes figuras do cristianismo, como São Paulo, tiveram suas visões reveladoras, a situação dos cristãos no Oriente Médio se agrava a cada dia. Essa região, berço do cristianismo, que viu a fé se propagar rapidamente, agora enfrenta um declínio alarmante. Nos últimos anos, muitos cristãos, que totalizavam cerca de 10% da população na Síria, agora são apenas 2%, vítimas de perseguições, guerras e da intolerância religiosa.

Um dos episódios mais emblemáticos do estado trágico dos cristãos sírios foi o incêndio criminoso de uma árvore de Natal em Hama, que simboliza a ameaça representada por grupos jihadistas. Esses grupos não apenas assombram a vida dos cristãos, como também atacam a tradição de celebrações que há séculos fazem parte da cultura local. Durante a guerra civil, muitos cristãos passaram a apoiar o regime de Bashar Assad, que, apesar de suas falhas, era visto como a única linha de defesa contra a perseguição religiosa.

Atualmente, o grupo jihadista que controla partes da Síria tenta se apresentar como moderado, prometendo nacionalizar os feriados de Natal e combater os agressores. No entanto, a verdade é que muitos cristãos já estão planejando deixar o país, temendo que suas liberdades religiosas sejam ainda mais restringidas e que a violência se intensifique.

A situação não é mais favorável em Israel e nos territórios ocupados. Embora Israel garanta algumas liberdades, tensões sobre propriedades e a influência do fundamentalismo muçulmano tornam a vida difícil para as comunidades cristãs. A narrativa dos militantes palestinos se voltou para uma reconquista religiosa, colocando os cristãos em uma posição complicada e vulnerável.

No Egito, a comunidade copta, tanto ortodoxa quanto católica, também enfrenta desafios. O aramaico, a língua que Jesus falou, pode desaparecer das regiões da Síria e do Iraque onde ainda sobrevive. Esse desaparecimento não é apenas uma perda cultural, mas um reflexo do que pode acontecer com as comunidades cristãs milenares da região, como os caldeus e assírios, que podem se tornar meras lembranças históricas.

Os especialistas prevêem que, se nada mudar, a população cristã do Oriente Médio e do Norte da África poderá cair para menos de 2% até 2050, revelando uma verdade sombria sobre o futuro da região. Este é o contexto por trás do incêndio da árvore de Natal: um símbolo doloroso de uma era de conflitos, perseguições e um futuro incerto. A fé cristã, que celebrou o nascimento do Salvador, está se tornando a religião mais perseguida do mundo, e as celebrações de Natal, que deveriam ser momentos de alegria, agora refletem uma luta pela sobrevivência.