Saúde

Naiara Azevedo e a Urgente Questão da Fertilidade Feminina

2025-04-13

Autor: Ana

A revelação surpreendente de Naiara Azevedo sobre sua menopausa precoce, antes mesmo de completar 35 anos, acende um alerta importante sobre uma condição frequentemente ignorada por muitas mulheres: a falência ovariana prematura.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 100 mulheres experimenta essa condição antes dos 40 anos. E para as mais jovens, a situação é ainda mais alarmante, com uma incidência de 1 em cada 1.000 antes dos 30 anos.

A Dra. Graziela Canheo, ginecologista e obstetra especializada em reprodução humana, explica que a menopausa precoce é diagnosticada quando a menstruação se interrompe por 12 meses consecutivos em mulheres com menos de 40 anos, devido à incapacidade dos ovários de reagir aos hormônios da hipófise. O diagnóstico antecipado é crucial para o cuidado com a saúde física, emocional e reprodutiva.

Fatores como genética, doenças autoimunes, intervenções cirúrgicas em ovários e tratamentos oncológicos podem desencadear essa condição. A especialista destaca que cerca de 30% dos casos possuem origem autoimune.

A Dra. Paula Fettback, também ginecologista e especialista em reprodução humana, enfatiza que muitas mulheres são diagnosticadas tardiamente. Os anticoncepcionais hormonais muitas vezes encobrem os sintomas, e a descoberta da falência ovariana frequentemente ocorre apenas quando buscam engravidar.

Sintomas como ondas de calor, alterações de humor, secura vaginal e irregularidade menstrual são comuns e podem ser confundidos com a menopausa natural.

Entretanto, o impacto emocional da menopausa precoce pode ser devastador. A endocrinologista Dra. Tassiane Alvarenga explica que, além da infertilidade, há riscos elevados de doenças cardiovasculares, osteoporose, ansiedade e depressão. Por isso, o suporte multidisciplinar torna-se essencial.

E a Fertilidade, Como Fica?

Apesar dos desafios que a menopausa precoce impõe à maternidade, ainda há esperanças para as mulheres que desejam ser mães. A Dra. Paula Azevedo destaca a possibilidade de recorrer à fertilização in vitro com óvulos doados, uma alternativa segura, especialmente quando os ovários já não respondem aos hormônios.

Casos como o de Naiara Azevedo são fundamentais para aumentar a conscientização sobre o impacto da saúde reprodutiva na vida das mulheres. Especialistas recomendam que o acompanhamento médico regular e a escuta atenta ao próprio corpo sejam práticas cruciais para um diagnóstico precoce e uma melhor qualidade de vida.