Saúde

Mulher descobre síndrome rara após sofrer com orgasmos espontâneos: 'Sinto-me ansiosa e deprimida'

2024-10-28

Autor: Julia

Uma surpreendente história de saúde vem da Turquia, onde uma mulher de 35 anos enfrentou um verdadeiro tormento ao passar seis meses tendo orgasmos espontâneos em vários momentos do dia e da noite. Após intensas consultas médicas, ela foi diagnosticada com a SGR (Síndrome Genital Inquieta), uma condição rara que afeta a qualidade de vida e o bem-estar emocional.

Moradora de Istambul, a paciente foi atendida por uma equipe médica da Universidade Bahçeşehir. Durante o tratamento, relatou estar sentindo dores intensas e um formigamento semelhante a picadas de agulhas na região íntima, algo que piorava à noite, prejudicando seu sono e seu dia a dia.

Com a progressão da síndrome, os sintomas começaram a irradiar para as pernas, dificultando até mesmo as atividades mais simples e cotidianas, levando-a a buscar mais apoio profissional. Em um estudo publicado pelo jornal de ciências médicas Cureus, os médicos explicaram que a SGR provoca sintomas que se assemelham à Síndrome das Pernas Inquietas (SPI), incluindo a necessidade compulsiva de fricção genital e dificuldades em expressar as sensações corporais.

O diagnóstico preciso foi realizado por meio de uma série de exames, incluindo avaliações neurológicas, análises de sangue, ultrassonografias abdominais e ressonâncias magnéticas na região pélvica. "Pacientes com SGR frequentemente descrevem uma sensação de orgasmo iminente, mesmo sem desejo sexual ou estimulação, acompanhada de formigamento, queimação ou dor", disseram os médicos do Cureus.

Infelizmente, após o diagnóstico, os tratamentos convencionais mostraram-se ineficazes, e a mulher ainda continua a sofrer com os sintomas. Ela revelou ao jornal The Sun que essa condição a deixou em um estado de ansiedade e depressão, tornando difícil para ela se concentrar e realizar qualquer atividade.

A equipe médica detalhou que, atualmente, a paciente está sob Vigilância contínua, mas não existe um protocolo de tratamento estabelecido. Um medicamento usado normalmente para tratar a SPI foi prescrito, com o intuito de amenizar os sintomas, embora sem garantias de sucesso.

Os especialistas comentaram que a SGR é mais prevalente em mulheres, mas as causas exatas da condição ainda não foram identificadas. Há relatos de outras pacientes que sofreram até 11 anos antes de receber um diagnóstico adequado. Essa síndrome continua a ser um mistério para a medicina, e muitos clamam por mais pesquisas para entender suas manifestações e desenvolver tratamentos eficazes.