Com a nova gestão liderada por José Boto, o Flamengo promete uma revolução nas suas categorias de base, que já vem gerando grandes repercussões. As demissões em massa são um dos principais indícios dessa reformulação, com o objetivo de unificar os modelos de formação e potencializar a produção de novos talentos.

Entre as mudanças mais impactantes, destaca-se a eliminação de todo o departamento médico nas categorias inferiores e a saída de quase 30 funcionários, incluindo treinadores das equipes sub-11 ao sub-16. O clima de incerteza e insegurança permeia o setor, que foi mais afetado devido a divisões internas, especialmente entre os que participaram da Copinha e aqueles que estão no Carioca.

A nova diretoria percebeu que o clube tinha um número excessivo de jogadores e decidiu enxugar elencos, especialmente nas faixas etárias de sub-11 a sub-17. Com isso, alguns atletas já foram dispensados e outras dispensas são esperadas nos próximos dias. Mesmo tendo conquistado títulos nos últimos anos, a gestão de Boto considera que o formato de trabalho era ineficiente e que era hora de promover mudanças profundas.

Boto, que assumiu a responsabilidade das decisões, notou um excesso de profissionais em vários setores do futebol, muitos exercendo as mesmas funções. O objetivo agora é reduzir ao máximo o número de funcionários no Centro de Treinamento (CT) do Ninho do Urubu.

Novas lideranças também estão sendo colocadas no setor. Carlos Noval foi nomeado gerente das categorias de base, e Kadu Borges, que se destacou no Botafogo, chegou como gerente técnico-metodológico. Boto já estabeleceu que seu assistente, Alfredo Almeida, será o elo entre as equipes profissional e de base, encarregado da parte técnica e de observação.

Por trás dessa reformulação está a proposta de padronizar o modelo de formação, criando uma identidade única para todo o clube. Para isso, vários treinadores e supervisores das categorias foram afastados.

A comunicação entre as equipes, incluindo a sub-20, que se prepara para competições importantes como a Libertadores, também está sendo aprimorada. É esperado que Fernando Luíz e Cleber dos Santos tenham contato diário, com Cleber tendo sido trazido por Noval, mas ainda sem definição sobre seu futuro.

Essas mudanças na base do Flamengo visam não apenas melhorar a performance atual, mas também garantir que a formação de novos jogadores esteja alinhada com as necessidades e a filosofia do clube. Afinal, o Flamengo sempre foi conhecido por sua rica tradição em revelar talentos, e com essa nova gestão, a expectativa é que essa linha de sucessão seja ainda mais forte e promissora!