Mudanças Climáticas: Você sabe qual foi o ano mais quente da história? A resposta vai te chocar!
2024-12-25
Autor: Fernanda
O ano de 2024 entrou para a história como um dos mais impactantes em relação a eventos climáticos extremos, afetando tanto o Brasil quanto o mundo. As mudanças climáticas se tornaram uma realidade alarmante, evidenciadas por fenômenos catastróficos como enchentes devastadoras, incêndios florestais sem precedentes e ondas de calor aterradoras. De acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, 2024 pode ser o ano mais quente já documentado, superando um aumento de 1,5°C em relação à era industrial.
Carlos Eduardo Young, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, enfatiza que a mudança climática é um fenômeno inescapável que já impacta nosso cotidiano de maneira significativa. Os desastres naturais observados ao longo deste ano são um alerta urgente para a necessidade de ações efetivas e coordenadas. A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30), marcada para ser realizada em Belém, representa uma chance crucial para o Brasil assumir um papel de liderança nas discussões globais sobre a mitigação dos impactos ambientais.
Principais eventos climáticos de 2024:
Cinco ocorrências climáticas se destacaram em 2024, devido à sua gravidade e aos efeitos destrutivos que trouxeram. Aqui estão informações detalhadas sobre esses eventos que desafiaram a resiliência de populações e ecossistemas:
Enchente histórica no Rio Grande do Sul:
Entre 26 de abril e 5 de maio, o estado do Rio Grande do Sul foi assolado por chuvas intensas que resultaram em inundações devastadoras. Com precipitações acumulando até 800 mm, mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas, e o impacto econômico foi estimado em incríveis R$ 87 bilhões. Esse episódio evidenciou a vulnerabilidade das infraestruturas e comunidades diante de tempestades cada vez mais severas.
Por que os incêndios florestais foram tão intensos em 2024?
Os incêndios florestais se tornaram alarmantes em várias regiões do Brasil em 2024. Na Amazônia, o número de queimadas alcançou a maior taxa em 17 anos. No Cerrado, os incêndios atingiram o pior índice desde 2012, enquanto no Pantanal, os focos de incêndio aumentaram em impressionantes 600% em comparação com o ano anterior. Esses eventos resultaram em uma drástica diminuição da biodiversidade, conforme apontado pelo Relatório Planeta Vivo, aumentando a preocupação com a saúde dos ecossistemas.
Secas severas nos rios brasileiros:
As secas de 2024 impactaram importantes rios do Brasil, como o Rio Solimões, que apresentou os níveis mais baixos em décadas em Tabatinga, AM. Esse fenômeno comprometeu não apenas o abastecimento de água e o ecossistema aquático, mas também colocou em risco a sobrevivência de espécies emblemáticas, como os botos-cor-de-rosa, gerando alarme entre comunidades locais e cientistas.
Aquecimento dos oceanos e branqueamento de corais:
As temperaturas oceânicas em 2024 atingiram recordes, especialmente entre fevereiro e abril, com variações chegando a impressionantes 21,17°C. Esse aquecimento resultou no branqueamento de corais, que comprometeu 77% dos recifes em todo o mundo. Especialistas, como Ronaldo Christofoletti, alertam que essa situação é comparável a um organismo com febre, sinalizando desequilíbrios ecológicos que exigem atenção imediata.
Ondas de calor intensas:
Por fim, as ondas de calor se destacaram como um dos eventos climáticos extremos mais significativos em 2024, elevando as temperaturas a níveis superiores a 40°C em várias cidades brasileiras. Essa onda de calor teve consequências sérias para a saúde pública, a economia e a segurança energética, ressaltando a necessidade de estratégias eficazes para mitigar as mudanças climáticas e suas repercussões prejudiciais. A situação nos força a refletir sobre o futuro do nosso planeta e as medidas necessárias para proteger nosso meio ambiente.