Ciência

Mudanças climáticas estão arruinando a economia da Amazônia: você precisa saber disso!

2025-01-21

Autor: Maria

Mudanças climáticas e o colapso da Amazônia

As mudanças climáticas estão levando a Amazônia a um colapso sem precedentes, provocando consequências devastadoras para a economia e ecossistema da região. Os alarmantes dados de temperatura média anual revelam um aumento contínuo, que se acentuou entre 1974 e 2023, e que não mostra sinais de desaceleração em 2024. Em 2023, as cidades de Manaus (AM) e Monte Alegre (PA) registraram temperaturas recordes de 28,8°C e 27,9°C, respectivamente, que são 1,7°C e 0,9°C mais altas que a média de 1990-2010.

Aumento de temperatura e suas consequências

Esse aumento de temperatura, que tem sido em média de 0,3°C a 0,4°C por década, pode chegar a 6°C até 2100 se as emissões de gases de efeito estufa não forem controladas. Isso significa que a região está a um passo de ultrapassar um dos seus limites críticos.

Secas extremas e incêndios florestais

As secas extremas, intensificadas por fenômenos climáticos como o El Niño, têm sido cada vez mais frequentes, ocorrendo em anos como 2005, 2010, 2015/2016 e, mais recentemente, em 2023/2024. O fortalecimento das temperaturas e a diminuição da umidade solo geraram uma onda de incêndios florestais, com 2.744.605 focos registrados entre 1999 e 2023. Cerca de 90% desses incêndios estão diretamente ligados a atividades humanas ilegais, como o desmatamento para mineração e agropecuária, que têm contribuído significativamente para a degradação da floresta.

Impactos na economia local

E o impacto dessas mudanças climáticas na economia local é grave. Elas não apenas afetam a biodiversidade e a disponibilidade de recursos, mas também os ciclos de energia e de água da região, essenciais para as comunidades. Essa degradação tem levado à perda de serviços ambientais cruciais, como polinização e a oferta de proteínas e carboidratos, colocando em risco a segurança alimentar local.

Soluções inovadoras e restauração florestal

Diante dessa situação crítica, soluções inovadoras estão sendo propostas como resposta às mudanças climáticas. A restauração florestal e a bioindustrialização de produtos nativos emergem como alternativas viáveis e necessárias. A iniciativa Arcos da Restauração, proposta pelo Painel Científico para a Amazônia, busca recuperar áreas degradadas—500 mil quilômetros quadrados ao todo—devido a desmatamentos intensivos.

Projeto Arco da Restauração

Recentemente, na COP28 em Dubai, o projeto "Arco da Restauração" foi oficialmente endossado pelo governo brasileiro, visando restaurar 6 milhões de hectares até 2030 e mais 18 milhões de hectares até 2050, com um investimento previsto de até 40 bilhões de dólares. Isso é um esforço não apenas pela preservação ambiental, mas também como um caminho para uma economia mais sustentável que beneficie as comunidades locais e indígenas.

Bioindústrias e a transformação da economia

As indústrias que investem em bioindústrias podem transformar produtos da biodiversidade em alimentos e medicamentos de alto valor agregado, até 10 vezes o preço de mercado. O fomento a essa prática requer investimentos em infraestrutura e tecnologia sustentável, que atualmente são escassos na Amazônia.

Oportunidades e desafios para o futuro

Portanto, é inegável que a Amazônia enfrenta um desafio em relação ao desmatamento, degradação e incêndios. Porém, ao mesmo tempo, existe uma grande oportunidade de inovar e investir em soluções sustentáveis para garantir o bem-estar das gerações futuras. Kalunga, Yanomami e outras comunidades indígenas são parte essencial dessa solução, pois sua integração e participação em projetos de restauração florestal podem promover uma distribuição justa de benefícios e reduzir as desigualdades sociais.

Chamado à ação

A hora de agir é agora! Se não começarmos a reverter essas tendências alarmantes, a Amazônia poderá se transformar em um deserto em questão de décadas!