No dia 10 de janeiro de 2025, decorrerá a posse de Nicolás Maduro, após uma eleição marcada por polêmicas. Em julho, Maduro anunciou sua vitória, no entanto, a oposição, liderada por Edmundo Gonzalez, denunciou um suposto esquema de fraude, alegando que seu candidato havia vencido.

Embora o governo brasileiro não tenha oficialmente declarado fraude, manteve sua posição de não reconhecer a eleição sem a apresentação dos resultados formais. Esse impasse gerou uma crise diplomática entre Brasil e Venezuela, com ataques do governo Maduro ao assessor especial de Lula, Celso Amorim, acusando a diplomacia brasileira de atuar em favor dos interesses dos EUA.

Com a posse de Maduro se aproximando, diversos movimentos sociais brasileiros estão se mobilizando para persuadir Lula a repensar sua postura. "A manutenção de boas relações entre Brasil e Venezuela é crucial, pautada no respeito mútuo e na cooperação", destacam os movimentos.

Eles também pedem que o Brasil reconheça a reeleição de Maduro, enfatizando que isso não só reafirma o compromisso com a soberania venezuelana, como também fortalece as históricas laços de amizade entre os dois países. Além disso, ressaltam que a política externa de Lula deve priorizar a integração regional, um aspecto fundamental para um posicionamento mais soberano no cenário global.

A pressão por um diálogo mais aberto com a Venezuela é justificada pelo grupo, que aponta para os riscos da ascensão de movimentos extremistas na região. Recentemente, autoridades venezuelanas apreenderam 400 fuzis de uso exclusivo dos Estados Unidos e detiveram seis indivíduos, incluindo um militar da Marinha americana, evidenciando um ambiente de tensões e possíveis ameaças à democracia.

"Esse descontentamento na Venezuela pode gerar reflexos perigosos em toda a América Latina", alertam. Caso o Brasil reconheça a reeleição de Maduro, enviará uma mensagem clara de apoio à paz e estabilidade regional, promovendo assim uma integração mais sólida entre os países latino-americanos em tempos de instabilidade global.

Por fim, o que está em jogo é muito mais do que simples relações diplomáticas; trata-se de uma chance de o Brasil assumir um papel ativo e positivo na preservação da paz e da segurança na região, evitando conflitos potenciais e buscando um diálogo construtivo em uma época repleta de desafios.