Ciência

Morre aos 76 anos Ronald Fiuza, neurologista renomado e membro da Academia Joinvilense de Letras

2024-11-08

Autor: Matheus

Ronald Moura Fiuza faleceu nesta quinta-feira, 7, aos 76 anos. Destacado médico neurologista, Fiuza ocupava a prestigiosa cadeira 35 da Academia Joinvilense de Letras (AJL), cujo patrono é o ilustre Robert Avé-Lallemant.

Nascido em Minas Gerais, Ronald se estabeleceu em Joinville em 1973, onde formou uma família, deixando esposa e dois filhos. Sua trajetória foi marcada por um profundo compromisso com a medicina e a literatura.

A impressionante carreira de Ronald Fiuza

Fiuza começou sua formação no interior de Minas Gerais e na capital, Belo Horizonte. Ele completou residência em Neurologia e Neurocirurgia na Santa Casa e teve especialização em Neurocirurgia no Hospital Universitário de Munique, na Alemanha. Adicionalmente, Ronald obteve seu mestrado em Neurociências e Saúde Mental em Barcelona, na Espanha, além de pós-graduação em Administração Hospitalar pela UNAERP e Terapia Cognitivo-Comportamental pela USP.

O neurologista também teve papel de destaque como presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia entre 1998 e 2000. Foi membro ativo da Academia Catarinense de Medicina e vice-presidente da AJL na gestão 2020/2022, sempre contribuindo para o avanço do conhecimento em sua área de atuação.

Além de sua atuação na AJL, Ronald Fiuza foi Secretário de Estado da Saúde de Santa Catarina de 1995 a 1997 e atuou como delegado brasileiro nas Federações Mundial e Latino-Americana de Neurocirurgia. Ele foi presidente do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Associação Catarinense de Medicina, e diretor-superintendente do Hospital São José de Joinville.

Ronald se destacou ainda como presidente da Associação de Hospitais do Estado de Santa Catarina e vice-presidente da Federação Brasileira de Hospitais. Com uma contribuição significativa à medicina, ele publicou 90 trabalhos científicos e organizou 12 congressos, presidindo quatro deles.

Reconhecimentos e legado

Participou de 27 congressos e cursos internacionais e de 135 eventos no Brasil, sempre buscando ampliar suas habilidades e o conhecimento científico. Ele teve experiências em estágios em países como Alemanha, Suíça, EUA, Japão e Inglaterra, o que lhe conferiu uma visão abrangente da Neurologia mundial.

Ronald foi homenageado diversas vezes pela comunidade, pelo poder público e por sociedades científicas, consolidando sua reputação como um dos grandes nomes da neurologia no Brasil. Ele também é autor de três livros, o mais recente, intitulado “Não sei e não saberei jamais”, foi lançado em setembro de 2024.

Ronald Fiuza deixa um legado inestimável na medicina e na literatura joinvilense, sendo lembrado por suas contribuições e o impacto positivo que teve na vida de muitos.

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