O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou neste sábado (11) que o ex-presidente Jair Bolsonaro apresente à Corte a comprovação de que foi formalmente convidado para a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.

Bolsonaro fez um pedido à Moraes para a devolução de seu passaporte e autorização para sair do Brasil com a intenção de participar da cerimônia na capital americana, que ocorrerá no dia 20 de janeiro de 2024.

Moraes, em sua decisão, destacou a necessidade de uma "complementação" nas informações, já que o pedido de Bolsonaro não foi acompanhado dos "documentos necessários". Ele citou que a mensagem informando sobre o convite foi enviada ao e-mail do deputado Eduardo Bolsonaro de um endereço não identificado, sem detalhamentos relevantes sobre o evento.

Assim que receber a documentação solicitada, Moraes enviará o pedido para análise da Procuradoria-Geral da República, que decidirá sobre a solicitação do ex-presidente.

É importante ressaltar que Jair Bolsonaro está enfrentando sérias restrições de movimentação. Seu passaporte foi apreendido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024, em meio a investigações relacionadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado com o objetivo de mantê-lo no poder. Em novembro do ano passado, o ex-presidente e outros indivíduos foram indiciados por crimes relacionados ao desvio da ordem democrática.

Sobre a posse de Trump, Bolsonaro descreveu a ocasião como um "importante evento histórico", expressando sua honra em ser convidado para participar da cerimônia ao lado do Vice-Presidente JD Vance. Além disso, ele fez questão de reconhecer o trabalho do filho, Eduardo Bolsonaro, enfatizando os laços familiares entre os Bolsonaro e os Trump.

A situação continua a gerar repercussões não apenas no Brasil, mas também nas relações internacionais, já que a posse de Trump promete mexer com o tabuleiro político global, reavivando debates sobre alinhamentos e rivalidades entre os líderes mundiais. O retorno de Trump à presidência, após as controvérsias de seu governo, também acende discussões acaloradas sobre as políticas de imigração e segurança dos EUA.