Léo Índio, sobrinho de Rogéria Nantes, ex-esposa de Jair Bolsonaro, e tio dos filhos mais velhos do ex-presidente, Flávio, Carlos e Eduardo, está no centro de uma polêmica que tem repercutido em todo o país.

Na semana passada, Léo confirmou ao ministro Alexandre de Moraes que se encontra na Argentina há 22 dias, apresentando um documento do governo argentino que autoriza sua permanência provisória até 4 de junho. No entanto, a situação não é simples. Moraes expressou na decisão que Léo demonstrou "ampla intenção de sair do território nacional com a finalidade de se evadir do distrito de culpa".

O ministro argumenta que, ciente do cancelamento de seu passaporte, Léo fugiu do Brasil, ingressando na Argentina apenas com um documento de identidade. Moraes ressaltou que a fuga indica a necessidade da prisão preventiva para garantir a aplicação da lei penal.

A denúncia contra Léo foi recebida por unanimidade pela Primeira Turma do STF no início de março, e ele admitiu na semana passada à rádio que estava fora do Brasil há cerca de 20 dias.

Adicionalmente, em outubro do ano passado, a Polícia Federal alertou Moraes sobre a apreensão de um passaporte de Léo, que estava cancelado, e solicitou autorização para destruí-lo – um pedido que foi reiterado recentemente.

Na acusação, a Procuradoria Geral da República (PGR) destaca cinco crimes: golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Além disso, Léo Índio registrou e divulgou imagens na internet durante atos de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

O caso de Léo Índio é emblemático das tensões políticas que ainda permeiam o Brasil após as eleições de 2022. Ele também esteve envolvido em manifestações em acampamentos montados em frente a unidades militares, evidenciando um descontentamento que ainda respira na sociedade.

Quais serão os próximos desdobramentos dessa história? A expectativa é grande enquanto o país observa atentos a essa nova reviravolta na política brasileira.