O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), estabeleceu um prazo de 48 horas para que a defesa do ex-deputado Daniel Silveira entregue a pistola Taurus que está registrada em seu nome no sistema da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Essa decisão veio à tona após o Exército informar Moraes sobre a arma, que Silveira não deveria estar portando, já que ele está preso desde o final do ano passado por descumprir diversas determinações do STF. As imposições incluíam o recolhimento noturno em casa e a proibição de portar armas de fogo.

A informação sobre o registro da pistola foi trazida à luz pelo chefe de gabinete do comandante do Exército, coronel Rodrigo de Carvalho Bernardo. A pistola Taurus foi cadastrada em nome de Silveira, o que exigiu a intervenção do STF. Vale lembrar que Silveira integrou as fileiras da Polícia Militar do Rio de Janeiro entre 2012 e 2018, quando decidiu entrar para a política e disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.

Além de suas constantes idas e vindas do sistema prisional desde 2021, Silveira já enfrentou quatro prisões distintas sob ordens de Moraes. Ele foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por ter instigado atos antidemocráticos e atacado ministros do STF, um episódio que levantou alarmes sobre a segurança das instituições democráticas no Brasil.

Em 20 de dezembro do ano passado, o ex-deputado recebeu livramento condicional, uma oportunidade concedida a condenados que cumprem parte da pena, mas Silveira rapidamente se viu em problemas novamente ao não respeitar os horários de recolhimento noturno.

Essa nova ordem de Moraes gera expectativas sobre o futuro judicial de Silveira, que se tornou uma figura polêmica no cenário político brasileiro, dividindo opiniões entre apoiadores e críticos.