Nação

Moradores de SP ficam sem eletrodomésticos após erro da Enel com voltagem

2024-12-23

Autor: Mariana

Um grave erro da concessionária Enel causou prejuízos enormes para os moradores do Condomínio Societá, localizado na Pompeia, zona oeste de São Paulo. Durante a tentativa de reparo do fornecimento elétrico, que sofreu cortes após uma forte tempestade, técnicos da Enel inadvertidamente alteraram a voltagem de 110V para 220V. Essa mudança resultou na queima de eletrodomésticos essenciais em diversos apartamentos, agravando a situação dos residentes já abalados pelo apagão.

O incidente aconteceu na sexta-feira (20), após dias de chuvas pesadas e ventos fortes que danificaram a rede elétrica da região. A tempestade, que gerou um apagão que afetou mais de 469 mil endereços em toda a cidade, levantou preocupações sobre a infraestrutura elétrica e a capacidade da Enel em lidar com emergências dessa natureza.

A concessionária reconheceu o erro e informou que já está em contato com os moradores afetados para apoiar na solicitação de ressarcimento. Embora a empresa tenha dito que corrigiu a voltagem, a realidade enfrentada pelos moradores é outra. Muitos deles se deparam com a perda irrevogável de equipamentos como televisores, geladeiras e máquinas de lavar. "É inadmissível que tenhamos que passar por isso devido a um descuido da empresa. Já enfrentávamos a falta de energia, e agora perdemos tudo isso por um erro deles", desabafou um morador que optou por não ser identificado.

A situação é ainda mais complicada considerando que as chuvas intensas da sexta causaram estragos em toda a região metropolitana. Durante a tempestade, registraram-se 69 milímetros de chuvas em poucas horas, acompanhados por ventos de até 80 km/h. Essas condições climáticas severas causaram a queda de árvores e linhas de energia, afetando cerca de 200 mil imóveis no sábado (21), um dia após o vendaval.

As equipes da Enel trabalharam incansavelmente ao longo do fim de semana para restabelecer o fornecimento de energia, mas muitos moradores ainda enfrentaram longas interrupções.

Agora, em meio a essa crise, os moradores do Condomínio Societá se perguntam: quanto tempo levará para receber o devido ressarcimento? A indignação é palpável, e a expectativa é que a concessionária não apenas corrija os erros, mas também adote medidas para evitar que situações como essa voltem a acontecer. Enquanto isso, os residentes permanecem vulneráveis, contando os prejuízos e aguardando uma solução que parece demorada.