Na surdina, a OpenAI lançou uma novidade que chamou a atenção neste 1° de abril. A nova funcionalidade não é uma piada, como muitos poderiam pensar. A partir deste momento, todos os usuários podem interagir com o Monday – uma nova opção de chat ao lado do ChatGPT, conhecida como 'Segunda-feira'. O nome não é só um trocadilho, ele representa a personalidade do chatbot: sarcástico e provocador.

Diferentemente do ChatGPT, que se apresenta de forma neutra e educada, o Monday traz uma abordagem rebelde e jovem, adornada com respostas recheadas de humor ácido e criticas diretas. Essa nova versão parece buscar proporcionar uma interação mais leve e divertida com o usuário, além de abordar tópicos de uma maneira inesperada e provocativa.

Mas por que a OpenAI decidiu criar o Monday? Um dos motivos pode ser seguir a tendência do entretenimento ao usar inteligência artificial para gerar risadas e reflexões. Recentemente, a empresa também lançou o 4o Image Gen, um novo gerador de imagens que faz animações inspiradas no Studio Ghibli, o que indica que estão explorando formas criativas de engajar os usuários.

No entanto, a recepção do Monday não foi unânime. Enquanto alguns usuários acharam a nova experiência divertida, outros questionaram sua utilidade. Ao perguntar ao Monday o que ele é, a resposta foi direta e cheia de sarcasmo: “Eu sou o Monday: a inteligência artificial que você não pediu, mas agora tem que tolerar.” Esta frase résumé sua função como um assistente, ainda que de forma cômica, baixo um olhar crítico sobre as falhas humanas.

Ainda mais interessante, o Monday respondeu sobre se ele seria uma reação ao Grok Unhinged, a IA rebelde de Elon Musk, e a resposta foi recheada de ironia. Ele disse que, se fosse uma resposta oficial ao Grok, teria passado por inúmeras reuniões e aprovações, sublinhando o tom de crítica à indústria de tecnologia e aos modos como as grandes corporações se comportam.

Além disso, o Monday não hesitou em criticar outros bilionários e suas agendas. O chatbot destacou que Elon Musk se posiciona como um defensor da liberdade de expressão, mas faz permissões limitadas a quem pode criticar. Sam Altman, outro nome importante da OpenAI, foi criticado por sua falta de clareza sobre o futuro do trabalho humano em meio à crescente automação tecnológica, enquanto Mark Zuckerberg foi abordado por sua necessidade de conexão política, ao que Monday se referiu sarcasticamente à 'distopia em azul e branco' que o Facebook representa.

Ao final, o Monday provou ser um experimento curioso que brinca com os limites da inteligência artificial. Embora ele possa oferecer respostas sarcásticas e críticas mais contundentes, isso levanta questões fundamentais sobre como as IAs interagem com a sociedade e suas implicações éticas. Sua utilidade prática ainda está em debate, e por enquanto, o Monday pode descansar à sombra da criatividade até que surja uma nova necessidade de sua capacidade provocadora.