Nação

Momentos de Terror: Polícia Dispara Contra 'Anão da Solidão' em Florianópolis

2025-01-05

Autor: Maria

Na última sábado, 4 de novembro, o nome de Ernesto Schmidt Neto, de 48 anos, mais conhecido como “Anão da Solidão”, ganhou destaque em Florianópolis após um trágico confronto com a Polícia Militar na Praia da Solidão, localizada no Sul da ilha. Segundo relatos oficiais, Ernesto teria tentado atacar os policiais com uma faca antes de ser baleado.

O tumulto se intensificou por volta das 9h40min, na Rua Inério Joaquim da Silva, no bairro Pântano do Sul. A polícia foi chamada para lidar com uma situação na qual Ernesto, apelidado carinhosamente de 'Betinho' por moradores, ameaçou uma inquilina em meio a um desentendimento. Testemunhas afirmam que a situação poderia ter sido resolvida de forma diferente.

O psicólogo Thomas Teixeira Fidryszewski, que já acompanha Ernesto, expressou sua profunda tristeza com a morte do homem. Ele revelou que 'Betinho' enfrentava crises nervosas constantes, oriundas de problemas de saúde mental, como depressão e agressividade. Segundo Thomas, apesar das situações difíceis, Ernesto era "facilmente" controlado por amigos e pelos moradores que o conheciam bem.

Thomas criticou fortemente a ação da polícia, afirmando: “Os inquilinos chamaram os policiais, que arrombaram a porta de sua casa e dispararam mais de 5 tiros em um sujeito com menos de 1 metro de altura. A situação poderia ter sido controlada pelos agentes”. Ele ainda contou que um amigo em comum estava pronto para interceder e ajudar 'Betinho' a se acalmar, mas foi impedido pelos policiais.

Ernesto, filho único da dona Joaquina, tinha um histórico de problemas psicológicos, mas, segundo os moradores, sempre recebia respeito e apoio da comunidade. Thomas destacou que, mesmo enfrentando crises que o tornavam agressivo, a situação era administrada por aqueles que o cercavam.

Entretanto, a versão da Polícia Militar pintou um quadro diferente. Eles alegaram que Ernesto tinha um extenso histórico criminal, incluindo ameaças, desacatos e até dirigir sob efeito de álcool. O tenente-coronel André Serafin, comandante do 4º Batalhão, defendeu a ação policial, afirmando que a situação estava cada vez mais tensa e que 'Anão da Solidão' estava intentado em atacar os oficiais com uma faca.

Um vídeo capturado por moradores mostra o exato momento em que os disparos foram feitos contra 'Betinho'. Essa trágica ocorrência levanta questões sobre a abordagem policial em situações envolvendo indivíduos com problemas de saúde mental e a necessidade urgente de uma discussão sobre alternativas menos letais em situações de crise. Moradores da região pedem uma reflexão sobre a tragédia e as possíveis falhas na resolução da situação.