O desaparecimento do fotógrafo mineiro Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, em Paris ganha contornos ainda mais intrigantes. A família do brasileiro confirmou que o celular encontrado em um vaso de plantas de um restaurante foi deixado por ele. A informação veio diretamente da polícia francesa.

Em um vídeo impactante publicado nas redes sociais, a advogada Carolina Castro, prima de Flávio, revelou que as autoridades francesas analisaram imagens de câmeras de segurança dos últimos locais onde o fotógrafo foi visto antes de desaparecer, no dia 26 de novembro. O mistério em torno de seu desaparecimento está chamando a atenção de muitos desde então.

Carolina explicou que decidiu compartilhar as novas informações após a mãe de Flávio ter feito uma publicação sobre o desdobramento em suas redes sociais. Ela é a responsável por receber as informações oficiais da polícia e repassar para os demais familiares.

"As câmeras de segurança dos locais que Flávio visitou mostraram que ele mesmo deixou o celular no vaso de plantas. Após isso, ele pode ter se dirigido para as margens do Rio Sena", informou Carolina de forma preocupante.

Segundo ela, o fotógrafo passou um tempo indeterminado em um local perto do rio, onde uma câmera de monitoramento urbano conseguiu registrá-lo. No entanto, quando a câmera retornou ao mesmo local, Flávio já não estava mais lá, marcando o último registro conhecido do rapaz.

"A polícia examinou as imagens das câmeras ao redor para verificar se Flávio poderia ter se deslocado para algum outro lugar, mas não há nenhum registro desse período que indique seu paradeiro", adicionou, ressaltando a incerteza que envolve a situação.

Recentemente, a polícia da França orientou os amigos de Flávio a não enviarem para o Brasil objetos pessoais que possam conter seu DNA, como o celular e o notebook. Assim, esses itens permanecerão sob a custódia de Rafael Basso e do francês Alex Gautier, que foi a última pessoa a se comunicar com Flávio antes de seu desaparecimento.

Eles foram instruídos a manter os dispositivos na França, pois as investigações podem se beneficiar das informações que eles carregam. Além disso, objetos como a escova de dentes do fotógrafo podem ser essenciais para identificação futura.

Após a mobilização das autoridades brasileiras e o clamor da mídia no Brasil, o caso ganhou destaque também na imprensa francesa. O renomado jornal Le Parisien até dedicou uma página inteira ao desaparecimento de Flávio.

Flávio chegou em Paris no dia 1º de novembro para fotografar o casamento de amigos e aproveitar férias. Durante sua estadia, ele conheceu Alex Gautier e a dupla foi vista pela última vez na noite de 25 de novembro.

Na manhã seguinte, Flávio informou a Gautier, via WhatsApp, que estava no hospital após uma queda no Rio Sena, o que o impediria de embarcar no voo de volta ao Brasil. À tarde, mencionou que estava estendendo sua estadia por mais um dia e que planejava descansar.

Entretanto, no dia seguinte, sem notícias, Gautier foi até o apartamento de Flávio e não o encontrou. O celular do fotógrafo foi descoberto em um vaso na frente de um bistrô à margem do Sena. A busca por Flávio continua, e a expectativa de que novas evidências possam surgir está presente entre seus familiares e amigos.