Mistério do Boeing 737 da Jeju Air: Gravações são interrompidas 4 minutos antes do desastre
2025-01-11
Autor: Lucas
O trágico acidente do voo 2216 da Jeju Air, ocorrido em 29 de dezembro de 2024, em Muan, Coreia do Sul, continua gerando questionamentos devido a uma falha alarmante nos gravadores de voo, conhecidos como "caixas pretas".
Dados recentes indicam que tanto o gravador de conversas da cabine (CVR) quanto o gravador de dados de voo (FDR) pararam de registrar informações somente quatro minutos antes do impacto devastador com um edifício. O Comitê de Investigação de Acidentes Aéreos da Coreia do Sul confirmou que não existem registros armazenados durante esse crucial intervalo, o que pode dificultar ainda mais a compreensão das causas do acidente que resultou na morte de 179 pessoas, o mais grave da aviação no país.
A falta de informações vitais durante os minutos que antecederam a tragédia levanta uma série de questões perturbadoras sobre as condições do voo e a eficácia das medidas de segurança adoptadas. Em um comunicado, o ministério responsável afirmou: "A análise revelou que não houve gravações do CVR e do FDR, aumentando a preocupação sobre as circunstâncias que levaram a essa falha crítica."
Além da colisão com um edifício, o piloto do Boeing 737-800 relatou um choque com aves e declarou situação de emergência antes do desastre. Apesar disso, a aeronave atingiu o solo sem os trens de pouso baixados, desviando da pista e colidindo com uma estrutura sólida. Essa sequência de eventos trouxe à tona a necessidade de um exame abrangente não apenas dos protocolos de emergência, mas também da manutenção regular da aeronave.
Em meio a esse cenário de angústia, Choe Sang-mok, Vice-Prêmio e Ministro de Estratégia e Finanças, destacou a urgência de auditorias de segurança em todas as companhias aéreas, em especial na Jeju Air, até então considerada uma linha aérea segura. Após o desastre, a companhia aérea passará por um intenso escrutínio, enquanto as autoridades buscam entender as possíveis falhas estruturais que levaram à morte de tantas pessoas.
Enquanto as investigações prosseguem, equipes americanas e sul-coreanas estão colaborando para decifrar os eventos que culminaram nesta tragédia. As consequências da interdição das gravações de dados tornam a situação ainda mais delicada. Será que as caixas pretas enfrentaram danos que comprometeram suas funções? E como isso impacta a segurança aérea na região?
À medida que novas informações surgem, a angústia das famílias das vítimas se intensifica. Uma tragédia que não só chocou a Coreia do Sul, mas que levanta questões globais sobre a segurança da aviação e o que pode ser feito para evitar que situações semelhantes se repitam.