Neste domingo, 12 de janeiro de 2025, os ministros Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, e Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos, compareceram ao enterro dos dois membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que foram brutalmente assassinados em um ataque a tiros no assentamento Olga Benário, localizado em Tremembé, São Paulo, na última sexta-feira, dia 10 de janeiro.

Teixeira foi ao funeral de Valdir do Nascimento, de 52 anos, e Gleison Barbosa, de 28 anos, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a fim de expressar suas condolências e acompanhar as investigações de perto. "Esperamos que a polícia consiga esclarecer a autoria desse crime horrendo e seus verdadeiros mandantes. Os assentados precisam de segurança para poder tocar suas vidas e produzir alimentos", declarou Teixeira, demonstrando a importância da proteção aos trabalhadores rurais.

Por sua vez, a ministra Macaé Evaristo condenou veementemente o ataque e assegurou que o governo irá oferecer apoio às famílias afetadas. A Polícia Federal foi acionada para investigar o caso sob supervisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

No sábado, 11 de janeiro, a Polícia Civil de São Paulo anunciou a prisão de um homem suspeito de ser o comandante do ataque, enquanto outras seis pessoas ficaram feridas na ação violenta. As autoridades continuam a investigar as motivações por trás do crime, que, de acordo com o delegado seccional de Taubaté, Marcos Ricardo Parra, está relacionado a uma disputa por um lote dentro do assentamento.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo registrou o ataque como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. Enquanto isso, movimentos sociais e entidades de defesa dos direitos humanos organizam atos em memória das vítimas e em defesa da segurança dos agricultores assentados, destacando a necessidade de um maior diálogo entre o governo e os movimentos sociais para evitar futuras tragédias.