Ministro Múcio defende anistia para alguns envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, mas com ressalvas contundentes
2024-11-01
Autor: Maria
O Ministro da Defesa, José Múcio, expressou seu apoio à anistia para aqueles que cometeram infrações leves durante os atos extremistas de 8 de Janeiro, mas foi firme ao exigir que os verdadeiros responsáveis, os ‘mentores’ por trás dos acontecimentos, sejam punidos. Ele cita especificamente membros da alta cúpula das Forças Armadas e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como alvos da responsabilização.
Múcio declarou em entrevista ao UOL: “As penas devem ser graduadas. Aqueles que organizaram os atos devem ser tratados de forma diferente daqueles que apenas seguiram ordens ou se comportaram como ‘marionetes’. Quebrar uma cadeira não é o mesmo que organizar uma manifestação violenta". Ele também frisou a importância de diferenciar entre vandalismo e incitação à indisciplina militar, afirmando que ações individuais negativas não devem ser permitidas manchar a reputação das Forças Armadas.
“Há uma separação clara entre quem vandalizou e quem instigou a indisciplina militar. O Congresso está discutindo a anistia varrendo para debaixo do tapete os atos de depredação”, completou Múcio, ressaltando que a responsabilidade deve ser atribuída conforme a gravidade do ato.
Além disso, o Ministro destacou que o papel das Forças Armadas foi preventivo e visa proteger a ordem pública. Ele mencionou que ações extremistas, como aquelas presenciadas em 8 de Janeiro, não apenas ameaçam a democracia, mas também geram divisão na sociedade brasileira, exigindo uma resposta contundente das autoridades. Nesta linha, Múcio reforçou a importância da unidade e da responsabilidade na prevenção de novos incidentes, afirmando que o país deve aprender com esses acontecimentos para evitar sua repetição no futuro.