Em uma forte declaração na quarta-feira (3), o ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, chamou de "massacre ilegal" o ataque militar americano que resultou na morte de 11 pessoas a bordo de um navio, ocorrido na terça-feira (2). Cabello não poupou críticas, classificando a ação como uma violação flagrante do direito internacional.

Durante seu programa semanal de TV, ele descreveu a ofensiva dos EUA como "barbárie", e acusou o país de praticar hipocrisia ao falar sobre direitos humanos enquanto realiza execuções sumárias. "Não podemos aceitar ações que apenas promovem a violência e o terror", destacou.

Cabello também exibiu imagens do barco destruído e questionou a legalidade do ataque, que segundo autoridades americanas, visava uma embarcação supostamente envolvida no tráfico de narcóticos. Esse ataque é o primeiro desde que Washington enviou reforços navais para o Caribe, intensificando a operação contra o narcoterrorismo.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, defendeu a ação como parte de uma luta contínua contra o narcoterrorismo. Entretanto, o presidente Donald Trump afirmou que "grandes quantidades de drogas" foram encontradas a bordo, mas o Pentágono não apresentou detalhes sobre a tripulação ou as evidências que embasariam a ação mortal.

Este episódio levanta sérias questões sobre a legitimidade da operação e a estratégia mais ampla dos EUA na região. Autoridades de alto escalão já sinalizaram que novos ataques contra grupos narcoterroristas designados são prováveis, deixando uma sombra de incertezas sobre o futuro da segurança na área.