
Ministro da Defesa Afirma que Forças Armadas Cumprirão Decisão do STF sobre Golpe
2025-09-06
Autor: Matheus
Em uma declaração impactante, o ministro da Defesa, José Múcio, assegurou que as Forças Armadas honrarão o veredito do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionado à tentativa de golpe planejada por membros da antiga administração e alguns militares.
Na última sexta-feira (5), durante uma coletiva de imprensa, Múcio comentou sobre o julgamento que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e uma série de oficiais de alta patente, todos respondendo por uma conspiração para desestabilizar o governo após as eleições de 2022. Ele enfatizou: 'As Forças Armadas têm o lema de respeitar a decisão da Justiça. Esse assunto é da competência da Justiça e da política; nós servimos ao país'.
A coletiva ocorreu após um encontro entre os comandantes da Marinha, Aeronáutica e Exército com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde discutiram, entre outros tópicos, o desfile do 7 de setembro em Brasília. Mesmo diante de questionamentos sobre o julgamento em curso, Múcio afirmou que esse tema não foi abordado na reunião.
Sobre o projeto de anistia para os condenados, levantado pela oposição no Congresso, o ministro se mostrou cauteloso, alegando não estar familiarizado com o texto em discussão. 'Essas questões pertencem ao Congresso', comentou, e ainda destacou a importância de evitar disputas entre os poderes, afirmando que uma cooperação construtiva é fundamental para o país.
A Conspiração em Questão
Recentemente, o STF iniciou o julgamento da centralidade da suposta trama golpista que visava anular as eleições presidenciais de 2022, com Jair Bolsonaro supostamente na liderança. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o ex-presidente de estar na linha de frente de um plano que incluía, de forma alarmante, assassinatos do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, além do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Além disso, outros sete aliados de Bolsonaro também estão na mira da Justiça e devem ser julgados até o fim da próxima semana. Entre eles estão nomes de destaque, como o ex-ministro da Defesa, general Paulo Nogueira Batista; o comandante da Marinha, almirante Almir Garnier; e o ex-ministro do GSI, general Augusto Heleno. Todos negam qualquer envolvimento nas acusações.
Essa situação traz à tona graves implicações para a política brasileira e a segurança nacional, exigindo atenção de todos os setores da sociedade.