Ministra Esther Dweck Defende Estatais e Rebata Relatório do Banco Central
2024-12-30
Autor: Ana
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, se manifestou nesta segunda-feira (30 de dezembro de 2024) sobre o relatório do Banco Central que revelou um déficit de R$ 6,04 bilhões nas empresas públicas federais entre janeiro e novembro deste ano. Durante uma coletiva com jornalistas, Dweck argumentou que o documento não representa de maneira adequada a saúde financeira das estatais.
Ela enfatizou que o relatório do Banco Central se limita a mostrar receitas e despesas, sem considerar investimentos significativos que foram realizados pelas estatais, o que poderia alterar a perspectiva sobre sua situação financeira.
“Para ter uma visão mais clara, precisamos analisar os balanços financeiros das empresas sob a ótica de uma contabilidade empresarial, não apenas pela perspectiva da contabilidade pública”, afirmou a ministra. Apesar de reconhecer que algumas estatais, como os Correios, enfrentam dificuldades financeiras, Dweck destacou que a maioria delas é lucrativa.
Ela também comentou sobre os impactos do governo anterior, dizendo que durante o mandato de Jair Bolsonaro, as estatais receberam aportes diretos do Tesouro Nacional, que ajudaram a manter suas finanças equilibradas. Muitas dessas empresas estavam inseridas em um programa de desestatização que impunha limitações em seus investimentos.
Agora, com a retirada do programa de desestatização sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, as empresas públicas federais recuperaram a capacidade de aprovar novos investimentos, o que, segundo a ministra, é crucial para o fortalecimento econômico.
Adicionalmente, a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, também se pronunciou afirmando que durante o terceiro mandato de Lula as estatais não sofreram prejuízos. Ela criticou a metodologia utilizada pelo Banco Central, dizendo que não fornece uma leitura justa dos dados financeiros.
Importante ressaltar que o déficit registrado é o mais alto desde o início da série histórica em 2002, o que gera um intenso debate sobre o futuro das estatais no Brasil em um cenário econômico desafiador. Com a mudança de gestão e a recuperação dos investimentos, especialistas questionam como a reestruturação financeira das estatais poderá impactar a economia nacional nos próximos meses.