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Milei Promete Auditoria Contra 'Inimigos da Liberdade' Após Demissão da Chanceler

2024-10-30

Autor: Maria

A nova administração do presidente argentino, Javier Milei, está prestes a dar um passo audacioso ao anunciar uma auditoria contra aqueles que considera 'inimigos da liberdade'. Após a recente demissão da chanceler Diana, o governo enfatizou sua oposição à ditadura cubana e a necessidade de um corpo diplomático que reflita os valores de liberdade e direitos humanos tão fundamentais nas democracias ocidentais.

A troca na liderança da chancelaria ocorre em um período de intensa mudança política na Argentina, onde o governo Milei tomou uma postura firme contra regimes que violam direitos humanos. A administração afirma que a política externa terá um foco renovado na condenação de todas as formas de autoritarismo.

A demissão de Diana se seguiu a um voto controverso na Assembleia Geral da ONU, que resultou na aprovação de uma resolução condenando o embargo dos Estados Unidos a Cuba, que já dura mais de 60 anos, com uma expressiva maioria de 187 votos a favor. Os dois votos contra foram dos Estados Unidos e de Israel, enquanto uma abstenção foi registrada por Moldávia. Essa votação é vista como uma reiteração do apoio internacional a Cuba, apesar da insuficiência prática dessas resoluções.

Diana foi uma das figuras centrais no esforço para fortalecer as relações diplomáticas da Argentina com países-chave como Brasil e China. Em abril, sua visita ao Itamaraty ajudou a suavizar tensões criadas pelas declarações de Milei sobre colaborações com figuras controversas como Elon Musk no cenário internacional. A demissão dela indicou divisões internas significativas, especialmente entre seus aliados e familiares próximos do presidente, incluindo Karina Milei, que exerce um papel pronunciado na presidência.

O impacto das ações de Milei e sua nova política externa será observado de perto, especialmente à luz da resposta de Cuba, que atribui sua crise econômica ao embargo imposto pelos Estados Unidos. O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, criticou o que chamou de 'política criminosa’ dos EUA, que, segundo ele, exacerbou problemas de energia e abastecimento na ilha.

Enquanto isso, a Assembleia da ONU continua a ser um fórum onde muitos países expressam sua oposição ao bloqueio, definindo-o como um ato de 'neocolonialismo' e 'violação sistemática dos direitos humanos'. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, celebrou a vitória moral relacionada à votação, mas os especialistas alertam que, apesar do apoio no papel, os efeitos reais na política americana e na economia de Cuba são limitados.

A nova trajetória da Argentina sob Milei não só busca revisar medidas internas, mas também pretende reavaliar todos os acordos e alianças internacionais, sinalizando um desvio significativo em relação à política externa dos governos anteriores. O mundo aguarda com expectativa as potenciais alterações nas dinâmicas diplomáticas da região e como a administração Milei se posicionará contra os que considera inimigos da liberdade, tanto internos quanto externos.