Nesta semana, o colunista Merval Pereira, conhecido por suas polêmicas no jornal O Globo, voltou a criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chamando-o de corrupto e desmerecendo as acusações contra o golpe sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. A situação se intensificou quando Lula fez uma visita à galeria de fotos dos presidentes no Palácio do Planalto, onde afirmou que Michel Temer deveria ser lembrado pelo seu papel no golpe que resultou no impeachment de Dilma.

Merval, que apoiou publicamente o golpe e a prisão de Lula em 2018, não se conteve e afirmou que Lula e os petistas tentam reescrever a história, alegando erroneamente que Lula foi absolvido pela Justiça. O fato ignorado por Merval é que os processos contra Lula foram arquivados devido à suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, uma figura controversa e que agora é senador, apoiada fervorosamente por Merval.

Em sua resposta, Merval continuou a defender a versão oficial dos acontecimentos, desconsiderando a narrativa de Lula sobre o impeachment de Dilma: “A Dilma foi eleita, foi reeleita e depois sofreu um impeachment por um golpe. Michel Temer não foi eleito, tomou posse por conta do impeachment da Dilma, e Jair Bolsonaro foi eleito em função de mentiras”, afirmou o ex-presidente, defendendo que essa história deve ser contada de maneira verdadeira.

A batalha retórica entre Merval e Lula sinaliza uma polarização crescente na política brasileira, onde narrativas divergentes sobre eventos cruciais da história recente continuam a gerar controvérsias. O debate sobre o golpe de 2016 e suas consequências para a democracia brasileira parece longe de ser resolvido, com figuras proeminentes como Merval e Lula representando visões opostas. A luta pela verdade histórica continua, enquanto milhares de brasileiros debatem sua relevância nos dias atuais.