Mercado de Carbono no Brasil: Setores que Podem Lucrar Bilhões!
2024-11-16
Autor: Carolina
O recente avanço na legislação brasileira sobre o mercado de carbono abre um leque de oportunidades para diversos setores, como energia, agronegócio e base florestal, que podem realmente se destacar como grandes vendedores de créditos de carbono. Com a aprovação do Projeto de Lei 2.148 pelo Senado, um sistema nacional para monitorar, reportar e verificar as emissões de gases de efeito estufa começa a ganhar forma.
Essa proposta não só visa reduzir as emissões, mas também transformar o Brasil em um player global no comércio de créditos de carbono. Para entender melhor, um crédito de carbono equivale à redução de uma tonelada de CO2 na atmosfera, o que significa que empresas poderão comprar esses créditos para compensar suas emissões, incentivando práticas mais sustentáveis. Mas, para que isso se concretize, o PL ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados antes de ser sancionado e implementado.
Paulo Laguardia, superintendente de operações ambientais da Orizon, ressalta a importância desse marco regulador: "Ele abre caminho para empresas que precisarão adquirir créditos de carbono para suas compensações, tornando o setor de resíduos um parceiro fundamental na luta contra as mudanças climáticas." Segundo ele, o Brasil precisa agir rapidamente para que as empresas possam começar a compensar suas emissões o quanto antes, contribuindo significativamente para a sustentabilidade ambiental.
Rita Ferrão, presidente da ABCarbon, dedica especial atenção ao setor agrícola, que possui um potencial imenso para gerar créditos de carbono através de práticas como o plantio direto e a integração lavoura-pecuária-floresta. No entanto, o país ainda arca com o desafio de concorrer com mercados de carbono mais desenvolvidos, como os da União Europeia e Califórnia.
Além disso, tecnologias como a redução de emissões de metano na pecuária sustentável e o reflorestamento são vistas como promissoras para a geração de créditos. Um exemplo é a geradora de energia renovável Voltalia, que em 2024 atingiu 1 milhão de créditos de carbono vendidos, representando 1 milhão de toneladas de CO2 evitadas.
Empresas como Comerc Energia e Vibra também estão se posicionando no mercado, com iniciativas que visam ampliar suas plataformas de descarbonização. A Eneva, por exemplo, está explorando novas linhas de projetos, incluindo captura e armazenamento de carbono.
Entretanto, as perspectivas para o setor de base florestal ainda são incertas. Marcelo Schmid, do Grupo Index, destaca a importância das florestas comerciais, mas ressalta que faltam definições sobre como elas se encaixarão na nova legislação.
Em suma, o Brasil tem um horizonte promissor no mercado de carbono, mas para se tornar um líder global, é primordial que as empresas se conectem ao mercado regulamentado internacional. Além do impacto positivo no meio ambiente, isso pode gerar um fluxo considerável de investimentos e transformar o Brasil em um gigante do comércio de carbono. Prepare-se, porque o jogo está apenas começando!