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Mercadante defende ajuste fiscal e apela ao apoio do PT ao governo

2024-11-11

Autor: Julia

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, reagiu ao manifesto divulgado no último domingo por diversos movimentos sociais e partidos de esquerda, incluindo o PT, PSOL, PDT e PCdoB, que criticaram as possíveis medidas de ajuste fiscal que estão sendo consideradas pelo governo. O documento levantou preocupações sobre os riscos que essas medidas podem representar para políticas públicas essenciais em áreas como saúde, educação e infraestrutura, além dos impactos sobre trabalhadores, aposentados e programas de investimento.

Mercadante manifestou seu apoio à equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet. Ele defendeu que um ajuste fiscal é necessário, mas deve ser feito de forma responsável. "O partido que está no governo deve apoiar a administração em qualquer cenário. O PT é um partido complexo que, por vezes, encontra dificuldades em unir suas diversas correntes internas, mas é crucial que haja esse apoio às conquistas do governo", afirmou Mercadante.

O presidente do BNDES também destacou um crescimento inesperado da economia brasileira, que deverá alcançar 3,5% em 2024, um número que impressionou a comunidade internacional e levou a revisões positivas nas previsões de crescimento por instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI). “O Brasil se destacou nesse ano, e esse crescimento é um sinal de que estamos no caminho certo”, enfatizou.

Entretanto, ele ressaltou que é fundamental garantir uma trajetória previsível das despesas obrigatórias para assegurar a continuidade dos investimentos no país. “Estamos crescendo, mas um planejamento fiscal claro é vital para estabilizar a dívida pública e garantir o futuro do país”, explicou.

Além disso, Mercadante expressou plena confiança no presidente Lula para navegar nas questões do ajuste fiscal de maneira prudente. “Acredito que a equipe econômica tomará decisões sábias e que o PT permanecerá fiel ao seu compromisso em apoiar o governo como sempre fez”, disse, reiterando a importância de equilibrar responsabilidade fiscal com crescimento econômico.

Enquanto isso, observadores políticos alertam sobre o clima tenso entre o governo e movimentos sociais, destacando que o desafio de equilibrar crescimento e justiça social permanece uma questão crucial na agenda brasileira.