Na manhã desta segunda-feira (23), um médico de 54 anos foi brutalmente agredido com socos e chutes no Hospital Municipal e Maternidade Dr. Acílio Carreon Garcia, em Nova Odessa. O ataque foi realizado por familiares de uma bebê de apenas 10 meses, que havia sido atendida pelo profissional, mas infelizmente faleceu em maio deste ano devido a complicações de pneumonia e dengue.

As cenas chocantes foram flagradas por câmeras de segurança do hospital, que mostram o médico entrando tranquilamente no estacionamento privativo para funcionários quando foi surpreendido pelos asesinos, que lhe desferiram ataques físicos, mesmo após ele ter se refugiado dentro da unidade de saúde.

A Guarda Civil Municipal (GCM) foi chamada imediatamente, mas ao chegar no local, os agressores já haviam fugido. O médico, bastante abalado, registrou o boletim de ocorrência, relatando que foi atacado por volta das 7h30, quando estava se preparando para iniciar suas atividades.

Nas investigações, o médico revelou que foi alvo das agressões porque os parentes da criança o culparam pela morte da paciente. A bebê havia dado entrada no hospital local, mas foi transferida para o Hospital Estadual Sumaré, onde faleceu poucas horas depois. A justiça analisou o caso, e o médico foi inocentado após um processo judicial movido pela família.

Durante a agressão, os atacantes não apenas o golpearam fisicamente, mas também o ameaçaram de morte, afirmando que ele não poderia continuar trabalhando no hospital. A situação é alarmante e levanta questões importantes sobre a segurança dos profissionais de saúde.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, todos os procedimentos administrativos foram seguidos, e a conclusão técnica demonstrou que não houve negligência por parte do médico. Em nota, a secretaria informou que, durante a apuração da situação, o profissional chegou a ser afastado por seis meses, mas retornou às suas funções na última segunda-feira.

O caso agora está sob investigação da Polícia Civil, que trata as ações como ameaça e lesão corporal. Até o momento, os responsáveis pela agressão ainda não foram encontrados, e a comunidade local se questiona sobre a proteção e dignidade dos trabalhadores da saúde. Esse incidente serve como um alerta sobre a crescente violência contra profissionais em hospitais e a necessidade urgente de medidas mais eficazes de segurança.