Saúde

Médico Recebe Pena de 30 Anos por Morte de Paciente em Campo Alegre

2025-08-27

Autor: Gabriel

Tragédia na Saúde: Médico é Condenado por Homicídio

Na madrugada do dia 16 de dezembro de 2012, uma paciente buscou ajuda em um hospital público em Campo Alegre, mas acabou encontrando um pesadelo. O médico plantonista, vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), não apenas receitou um soro intravenoso de forma descuidada, mas também realizou um procedimento desnecessário que mudaria a vida da paciente para sempre.

Após a aplicação de medicação irregular em sua perna esquerda, o que deveria ser um ato de cuidado se transformou em uma tragédia. O médico sabia que a paciente tinha um problema diferente, porém ignorou a situação e ainda exigiu pagamento pelo serviço.

Erro Médico Fatal

Sem registrar os procedimentos adequadamente e sem acompanhamento adequado, a contaminação bacteriana se instaurou, causando dores e dormência na perna da mulher. Em vez de oferecer a assistência necessária, ele mandou a paciente de volta para casa. No mesmo dia, o sofrimento aumentou e, ao retornar ao hospital, o médico apenas receitou um comprimido, ignorando o agravamento de seu estado.

A situação culminou em sua internação em estado grave e, infelizmente, ela faleceu no dia seguinte devido a uma infecção generalizada. Um verdadeira falha na prestação de serviços essenciais à saúde.

Justiça Faz Valer a Lei

Nesta segunda-feira (25), o Tribunal do Júri em São Bento do Sul levou a cabo o julgamento do médico. A Promotoria de Justiça de Santa Catarina pediu justiça e o réu foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado por homicídio com dolo eventual, um crime qualificado por motivos torpes.

A Promotora Gabriela Arenhart enfatizou a responsabilidade da profissão ao lembrar que o juramento hipocrático visa proteger a vida. Segundo ela, o caso não foi apenas uma negligência, mas uma escolha consciente que levou à morte de uma pessoa.

Consequências Imediatas

O médico agora deverá cumprir sua pena imediatamente. Com o respaldo do Supremo Tribunal Federal, as decisões do Júri têm força executória, tornando impossível um recurso em liberdade. Essa decisão marca um passo importante na esperança de que a justiça verdadeira seja feita, e que situações semelhantes não voltem a ocorrer.

Essa tragédia não é apenas uma alerta sobre a negligência médica, mas também um chamado à responsabilidade e à ética na profissão. Que a memória da vítima sirva para reforçar a confiança na medicina e nos cuidados com a vida.