Saúde

Médico é Acusado de Forçar Aborto em Namorada de 4 Meses de Gestação em Pirenópolis

2024-11-03

Autor: Matheus

Uma médica de 27 anos denunciou à polícia que seu namorado, também médico de 25 anos, causou um aborto forçado durante uma viagem a Pirenópolis, Goiás. A jovem estava grávida de quatro meses.

Detalhes do Caso

De acordo com a vítima, o homem teria inserido comprimidos abortivos na vagina dela durante uma relação sexual na suíte de um hotel. O incidente foi registrado na terça-feira (29), mas a polícia não divulgou a data exata em que a suposta agressão teria ocorrido.

A médica relatou que, ao suspeitar de algo errado, interrompeu a relação e encontrou dois comprimidos. Depois disso, segundo seu depoimento, o companheiro a trancou no quarto. Com muito medo de sofrer mais violências, já que havia uma varanda, ela encontrou uma chave e conseguiu escapar, pedindo ajuda a uma funcionária do hotel.

Sendo atendida, a mulher sentiu fortes cólicas e foi ao hospital, onde mais dois comprimidos abortivos foram identificados em seu corpo. Infelizmente, ao deixar o hospital, a bolsa da médica estourou, resultando na expulsão do feto. Em um relato emocionado, ela afirmou: "Quando levantei para ir embora [da consulta], a minha bolsa estourou. Ao mesmo tempo que estourou, chamei a minha mãe. Falei: mãe, perdi [o bebê]."

O relacionamento do casal começou na faculdade, onde se formaram, e inicialmente parecia saudável, com a médica comemorando sua gravidez. O convite para a viagem a Pirenópolis foi feito pelo namorado, sob a promessa de um final de semana romântico.

Investigação em Andamento

O caso está sob investigação da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher. A Polícia Civil de Goiás confirmou que as linhas de investigação permanecem em sigilo. O homem, que se formou em medicina em junho de 2024, é colega da vítima e foi apontado como suposto responsável pela tragédia.

Para proteger a identidade da vítima, o nome do suspeito será mantido em sigilo, e até o momento, não foi possível confirmar se ele possui advogado.

Após o escândalo, o médico apagou suas redes sociais, possivelmente na tentativa de evitar mais repercussões públicas. O Conselho de Medicina de Goiás, até agora, não se pronunciou oficialmente sobre a situação ou sobre possíveis sanções administrativas ao profissional.

Importância da Denúncia

A violência contra a mulher é um problema sério e muitas vezes difícil de detectar. Se você ou alguém que você conhece está passando por uma situação similar, é crucial buscar ajuda. Em caso de emergência, não hesite em ligar para o 190 e denunciar. A Lei Maria da Penha pode ser aplicada em situações de agressão, não só entre parceiros, mas também por familiares.