Neste domingo (29/9), o candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), foi confrontado por um protesto de moradores enquanto realizava uma carreata no Grajaú, zona sul da cidade. Os manifestantes, em frente ao bar do time de várzea Ruim Time, levantaram cadeiras e gritaram palavras de ordem pedindo que o político deixasse o bairro.

Com o clima tenso, alguns apoiadores de Marçal se mostraram indignados com a hostilidade. O protesto, que ganhou força rapidamente, foi impulsionado por cidadãos que se sentem insatisfeitos com a atual proposta política e a imagem do candidato. "Ele é ridículo, mal educado. Fica cutucando o fígado dos outros", declarou José Eduardo Vieira dos Santos, um engenheiro de segurança do trabalho de 59 anos, que organizou a manifestação. Ele, que é eleitor de Guilherme Boulos (PSOL), criticou a candidatura de Marçal, ressaltando que ele tem mais pontos fracos do que fortes.

A tensão da manifestação remete a um confronto anterior entre Marçal e o também candidato José Luiz Datena (PSDB), que durante um debate na TV Cultura, no último dia 15, havia feito uma crítica ao seu adversário, chamando-o de "cadeirada".

Antes da carreata, Marçal parecia otimista, celebrado por seus apoiadores, mas expressou sua frustração por não ter sido escolhido com frequência para responder perguntas no debate da TV Record, ocorrido no sábado (28/9). Ele observou que os outros candidatos, principalmente Boulos e Ricardo Nunes (MDB), líderes nas pesquisas, preferem evitar um confronto direto com ele.

"As únicas pessoas que tiveram coragem de fazer perguntas para mim foram as mulheres", afirmou, enaltecendo Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo). "Eu dou os parabéns para elas. Os outros têm medo de tomar invertida."

Marçal ainda lamentou a falta de polêmicas durante o último debate, visando aumentar sua visibilidade até o término da campanha. "Esses episódios são ondas de energia. Já foram lançadas 17 e ainda faltam quatro até o fim da campanha", destacou, promissor em criar novos impactos. O cenário eleitoral continua a fervilhar, com novas surpresas e reações explosivas prometidas até a decisão final.