Uma mulher de 30 anos foi detida em flagrante após sua filha, de apenas dois meses, ser internada com hematomas, queimaduras e lesões graves em Coração de Jesus, no norte de Minas Gerais, na última terça-feira (1º de abril). De acordo com o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a criança foi levada a uma unidade de saúde local por uma tia, pois a mãe alegou não poder ir ao hospital por estar cuidando de outro filho, de dois anos.

A situação da bebê era tão crítica que ela precisou ser transferida para a Santa Casa de Montes Claros, onde foi intubada e está sob rigorosos cuidados médicos. Um pediatra atestou a condição alarmante da criança, que apresentava crises convulsivas, desnutrição e hematomas pelo corpo. Após uma tomografia, os médicos tomaram a decisão de intubá-la imediatamente.

Assessoria da PMMG informou que, após a gravidade do caso ser constatada, policiais foram até a comunidade do Sumidouro, onde a família reside, e prendeu a mãe em flagrante. Embora a mulher tenha negado que sua filha tenha sofrido quedas ou maus-tratos, ela admitiu que a bebê estava desnutrida.

Após a prisão, o filho de dois anos da acusada foi encaminhado para um abrigo em Coração de Jesus. A situação se complica ainda mais, pois o Conselho Tutelar do município já monitorava a família e havia retirado anteriormente a guarda da criança, mas uma decisão judicial tinha restituído a tutela à mãe, o que agora levanta muitos questionamentos sobre a eficácia da proteção infantil na região.

O caso gerou uma onda de indignação na comunidade local, e muitas pessoas se perguntam como isso pôde acontecer. O Conselho Tutelar e as autoridades competentes enfrentam um desafio crucial, e a situação da criança levanta discussões importantes sobre os mecanismos de proteção à infância e a responsabilidade da sociedade em cuidar das crianças vulneráveis.