Mundo

Maduro exige que Lula se manifeste sobre veto à entrada da Venezuela no Brics

2024-10-29

Autor: Gabriel

Por que o Brasil ditou um ultimato à Venezuela no Brics? Descubra agora!

A Venezuela lançou duras críticas ao Brasil, chamando de 'agressão inexplicável e imoral' a recusa do governo Lula em aceitar o país no grupo Brics. O presidente Nicolás Maduro pediu um pronunciamento do líder brasileiro, destacando a importância de uma clara posição sobre o veto.

"Prefiro esperar que Lula esteja bem informado sobre os acontecimentos e que, como chefe de Estado, diga o que tem que dizer na hora certa", afirmou Maduro em seu tradicional programa semanal. Com isso, ele não concentrou a culpa diretamente em Lula, mas sim em servidores do Itamaraty. "O Itamaraty tem sido um poder dentro do poder no Brasil por muitos anos, sempre conspirando contra a Venezuela. Eles têm uma forte ligação com o Departamento de Estado dos Estados Unidos desde os tempos do golpe contra João Goulart", continuou Maduro.

Vale lembrar que a relação entre Lula e Maduro já foi mais próxima. Após a controversa reeleição de Maduro, em julho, denunciada pela oposição venezuelana como fraude, Lula se distanciou do seu antigo aliado. Essa separação ressalta a complexidade e a tensão nas relações diplomáticas entre os países.

De acordo com o ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial da presidência, o veto à entrada da Venezuela no Brics se deu por uma "quebra de confiança", um fator que deveria ser discutido abertamente.

No último sábado, houve um novo episódio de tensão quando o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, comentou sobre o recente acidente doméstico de Lula, que classificou como um "álibi" para justificar a ausência do presidente brasileiro na importante reunião do bloco. "Não vou me pronunciar sobre esse assunto. Só os médicos e o presidente Lula devem falar sobre isso", disparou Maduro.

Com o futuro incerto das relações entre Brasil e Venezuela, a questão do Brics pode se tornar um ponto crucial para as alianças geopolíticas na América Latina. Será que Lula se pronunciará, ou a tensão vai apenas aumentar?