Lula Minimiza Apoio de Bolsonaro a Trump e Avisa: "Só Disputarei a Reeleição para Derrotar a Extrema Direita"
2024-11-08
Autor: Julia
Lula Minimiza Apoio de Bolsonaro a Trump
Lula comentou sobre a estratégia eleitoral e a relação entre Brasil e Estados Unidos, minimizando o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro a Donald Trump nas recentes eleições. Desde a vitória de Trump, Bolsonaro e seus aliados começaram a relacionar os dois pleitos, acreditando que a reeleição do republicano poderia influenciar a política brasileira, mesmo com o ex-presidente já inelegível para 2026.
Durante uma entrevista, Lula afirmou que sua possível candidatura em 2026 só ocorrerá caso a situação política exija, ressaltando que ele estaria disposto a concorrer “para derrotar a extrema direita”. Ele declarou: “Se chegar na hora e os partidos da base entenderem que não há outro candidato para enfrentar uma pessoa que seja negacionista e que não acredite na ciência, estarei pronto para o desafio.” No entanto, ele expressou esperança de que não seja necessário e que novos candidatos surjam, possibilitando uma renovação política significativa no país e no mundo.
Nos bastidores do Planalto, a conversa é diferente. Os aliados de Lula, assim como os integrantes do PT, estão convencidos de que, se o presidente continuar saudável em 2026, ele será o candidato à reeleição. Alternativas para sucedê-lo só estão sendo consideradas para 2030.
"Relação Civilizada" com Trump
Sobre a relação com os Estados Unidos, Lula enfatizou a importância de ter uma “relação civilizada” com o novo presidente norte-americano, Donald Trump, apesar das diferenças. Ele mencionou que, como chefes de Estado, é fundamental dialogar sobre os interesses de ambos os países. "O Brasil tem uma relação privilegiada com os Estados Unidos, e somos parceiros há décadas", destacou.
Lula também recordou que antes das eleições, expressou apoio à vice-presidente Kamala Harris. Além disso, ressaltou que, durante seu primeiro mandato, conseguiu construir boas relações tanto com presidentes democratas quanto republicanos, evidenciando seu pragmatismo.
“Quando tomei posse em 2003, pensei que teria dificuldades em me relacionar com George W. Bush, mas nossa relação foi extraordinária”, relembrou o ex-presidente, citando ainda suas boas relações com Barack Obama e Joe Biden.
Embora as divergências políticas possam existir entre líderes mundiais, Lula acredita que o interesse do Estado deve prevalecer em suas interações. Ele finalizou afirmando que deseja discutir o fortalecimento da relação centenária entre Brasil e Estados Unidos, independentemente das questões ideológicas que possam surgir.
Com essa visão pragmática, Lula se posiciona como um líder disposto a seguir dialogando e buscando soluções que beneficiem ambos os países. O que virá dessa relação internacional ainda está por ser visto, mas as expectativas são altas. O que você acha dessa postura de Lula? Essa visão poderá realmente trazer frutos para o Brasil?