Lula e o Mercado: O Conflito que Pode Custar Caro ao Brasil
2024-12-24
Autor: Lucas
Até quando Lula irá desafiar "o mercado" sem considerar as consequências? É amplamente discutido que o mercado — representado pelos grandes investidores — está agindo com ceticismo em relação ao presidente. Alguns afirmam que essa desconfiança é infundada, mas a realidade é que a sensibilidade do mercado em relação a Lula é notavelmente mais elevada do que em relação a outros líderes políticos.
Recentemente, quando o Congresso aprovou a extensão de isenções fiscais para vários setores da economia, não houve reações tão intensas como as que se seguem a qualquer declaração controversa do presidente. Embora seja possível afirmar que o mercado possui um viés anti-Lula, o importante é reconhecer que suas reações apenas agravam os problemas existentes. Declarações impensadas sobre responsabilidade fiscal e políticas monetárias não criam dificuldades, mas as intensificam.
Se o mercado já está desconfiado, piorar essa desconfiança não é a solução. Às vezes, Lula tenta provocar indignação moral nas massas contra as práticas do mercado financeiro, mas isso não traz resultados positivos. Se o ambiente político se torna mais volátil, os investidores se afastam ainda mais.
A questão central é: o governo realmente deseja o capital do mercado? A resposta é sim, especialmente diante de um déficit crescente nas contas públicas. O mercado, por sua vez, busca uma única coisa: rentabilidade. Não se trata de moralizar a economia, como tentativas anteriores de Bolsonaro de invocar um "patriotismo" financeiro, que falharam miseravelmente.
Atualmente, com a economia em crescimento, somos relembrados do verdadeiro desafio do Brasil: a baixa produtividade. A limitação na oferta traduz-se rapidamente em inflação. Para conter a inflação, o Banco Central eleva a taxa de juros, o que resulta em maior endividamento do estado. Isso traz à tona um problema fiscal que, até então, parecia distante.
Embora estejam sendo feitas tentativas para impulsionar nossa produtividade — incluindo reformas tributárias, acordos com a União Europeia e programas de investimento em infraestrutura — ainda falta um compromisso fiscal claro. Sem isso, é difícil visualizar um cenário onde os investidores se sintam seguros para aplicar seus recursos.
Lula pode errar, mas também tem tentado aprender com seus erros e se corrigir. No entanto, é fundamental lembrar que ninguém investe com a intenção de perder. Os credores do Brasil envolvendo tanto as economias em bancos públicos e privados como os fundos de pensão precisam que o governo mostre solidez financeira. Você, que possui um investimento que pode garantir seu futuro, está pronto para arriscar tudo para "ajudar" o governo Lula?