247 – Nesta semana, durante a inauguração do Complexo de Energias Boaventura, anteriormente conhecido como Comperj, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um desabafo fervoroso sobre as privatizações e o desmantelamento das estatais brasileiras, especialmente a Petrobras. Em um discurso contundente, Lula apontou que a Operação Lava Jato teve um papel crucial no enfraquecimento da empresa, indo além de uma mera luta contra a corrupção. "Se você quer prender um corrupto, prenda o corrupto, mas não paralise a empresa!", exclamou o presidente, sugerindo que a verdadeira intenção era desmoralizar a Petrobras para facilitar sua venda.

Lula, que retornou à presidência em 2022 após uma vitória eleitoral histórica, criticou duramente as políticas de privatização dos últimos anos, afirmando que as ações tinham como objetivo deslegitimar a Petrobras perante a sociedade brasileira, preparando o caminho para sua venda. Ele mencionou que a venda de ativos estratégicos da estatal era uma estratégia para atender os interesses privados, em detrimento do bem-estar da população e da soberania nacional.

Impacto Direto nas Finanças dos Brasileiros

Durante seu discurso, o presidente destacou que a privatização de empresas como a BR Distribuidora e a Liquigás não trouxe os benefícios prometidos aos consumidores. "O que mudou para o brasileiro com a venda da BR? O combustível barateou? De jeito nenhum! Eles apenas tomaram posse de uma empresa que poderia gerar lucros para a Petrobras", criticou. Lula questionou ainda se empresas privatizadas como Vale e Eletrobras realmente trouxeram alguma vantagem significativa para o Brasil, relembrando a importância dessas estatais na economia nacional.

Defendendo a Petrobras e a Soberania Nacional

O presidente, que sempre teve uma forte conexão com a Petrobras, reforçou seu papel fundamental no desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil. "A Petrobras faz parte da minha vida e da minha formação política", declarou com emoção. Lula também lamentou a interrupção de importantes projetos de expansão da estatal, como a construção de refinarias no Ceará e no Maranhão, paralisados durante o desmonte da empresa. Ele manifestou o desejo de que o Brasil não apenas exportasse petróleo cru, mas sim produtos refinados, ressaltando a necessidade de agregar valor e fortalecer a economia nacional.

Visão de Futuro: Investimentos em Educação e Tecnologia

No final de sua fala, Lula enfatizou a importância de um Brasil que valoriza e investe em conhecimento e tecnologia, ao invés de se contentar com a simples exportação de matérias-primas. "Nós devemos ser exportadores de inteligência e inovação científica!", disse ele, sonhando com um futuro mais próspero e autônomo.

Além disso, o presidente fez uma defesa apaixonada por políticas públicas focadas na educação e na redistribuição de renda, argumentando que o desenvolvimento do Brasil deve ser inclusivo. Ele questionou: "Qual é o problema em afirmar que a filha de uma empregada doméstica merece as mesmas oportunidades que o filho da patroa? Ou que o filho de um pedreiro pode se tornar engenheiro?".

Lula finalizou seu discurso com um poderoso apelo pela soberania do Brasil e pelo investimento no potencial de sua população e empresas públicas. "Eu amo o Brasil, amo meu povo e a Petrobras do fundo do meu coração. Mas, acima de tudo, eu amo vocês, trabalhadores e trabalhadoras da Petrobras!", concluiu, recebendo aplausos calorosos do público presente.

O discurso de Lula ressoa como um chamado à valorização das estatais e à promoção de um desenvolvimento econômico que beneficie toda a sociedade, e não apenas os interesses de poucos. A luta pela soberania energética e pelo fortalecimento das políticas públicas continua em foco.